O ônus da democracia sempre vem

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 05:00

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Se a democracia plena ainda é uma criança no Brasil, com menos de 40 anos e cheia de defeitos que fazem com que manobras sejam facilmente usadas para suprimi-la, imagine nos casos de Bahia e Vitória?   O tricolor enfrentou seu primeiro processo democrático há quatro anos e vai, amanhã, para seu terceiro pleito, ainda aprendendo a lidar com todo o processo que cerca a democracia. Tanto o clube, que precisa se manter imparcial durante as eleições, com os sócios e os torcedores ainda cambaleando para entender as nuances. O rubro-negro terá, na próxima quarta, dia 13, a sua estreia em um processo democrático em que os sócios escolhem o presidente. Processo que acontece de supetão, fora de um planejamento, por conta da renúncia de Ivã de Almeida, após um ano de gestão catastrófica.  Mas a democracia tem um ônus. E ele está em permitir que pessoas completamente despreparadas possam se candidatar ao pleito.  Dessa forma, os torcedores são obrigados a conviver com propostas fantasiosas que vão desde a conquista de um Mundial Interclubes a um presidente virando orientador de trânsito antes de uma partida do clube. É claro que existe a falta de paciência dos sócios, torcedores e até de outros candidatos. Mas isso faz parte do processo e da maturação dele. Além disso, tirar o direito do torcedor comum de participar da democracia do clube do seu coração é acabar com a própria democracia. Sempre haverá um lado bom e um lado ruim. Melhor enxergar o copo meio cheio. 

Surfe Hoje é dia de começar a torcer firme por Gabriel Medina e, claro, a secar John John Florence. Vindo de dois títulos consecutivos nas últimas etapas, o brasileiro tem a boa fase como trunfo, mas Pipeline, última perna do Mundial, é no quintal do havaiano.  Ainda assim, o retrospecto de Medina é melhor que o de Florence nos tubos. Repetir isso, chegando à final e deixando o atual líder e campeão no meio do caminho é tranquilamente possível. A etapa ainda tem outra disputa forte: pra ver quem vai ficar no CT em 2018. Miguel Pupo e Wiggolly Dantas, hoje, estão pouco acima da linha de corte, enquanto a situação de Ian Gouveia é mais complicada. Ítalo Ferreira garantiu a permanência pelos bons resultados no QS. Por falar em QS, o baiano Bino Lopes chegou às quartas de final do Vans Open, última etapa da divisão de acesso. O ótimo resultado, no entanto, veio quando já era tarde demais para ele chegar ao Top 10, que daria uma vaga no CT. É tentar fazer de 2018 um misto da boa campanha inicial de 2016 com o bom final deste ano.Aldo Em uma luta quase idêntica à primeira, José Aldo foi novamente nocauteado por Max Holloway sábado passado. Agora, entendo que não veremos mais o manauara de posse de algum cinturão, apenas no caso de haver alguma disputa esdrúxula do UFC, o que nunca pode ser descartado. Acredito, ainda, que Aldo deveria subir para os leves e realizar suas últimas três lutas do contrato sem precisar passar pelo terror de um corte de peso. Depois, pode passar a se dedicar a seus negócios, suas “peladas” e talvez até em lutas de boxe. Seu nome do hall da fama do MMA já está garantido.

Ivan Dias Marques é subeditor do Esporte e escreve às sextas-feiras