Obras no aeroporto de Salvador animam setor turístico, mas lentidão incomoda

Sob nova direção, terminal apresenta melhorias em banheiros e climatização

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  • Raquel Saraiva

Publicado em 20 de abril de 2018 às 04:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO

Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO Desde que o Aeroporto de Salvador mudou de mãos, a expectativa do trade turístico é de melhora no movimento de turistas na Bahia. Após as primeiras ações da Vinci, que assumiu o Aeroporto Luís Eduardo Magalhães no dia 2 de janeiro deste ano, as primeiras modificações já surtiram efeito, de acordo com o presidente do Conselho Baiano de Turismo (CBTur), Roberto Durán.

“A Vinci fez ações emergenciais para amenizar o caos de janeiro para cá. Com essas ações, o aeroporto já melhorou consideravelmente”, afirma ele. Desde que assumiu no lugar da Infraero, a Vinci fez melhorias nos banheiros do terminal, além de mudanças na climatização e na iluminação.

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Embora poucas modificações tenham sido feitas, a operação do aeroporto pela nova empresa deixa o trade otimista. “A Vinci tem know-how, tem conhecimento, tecnologia de ponta e vai promover a vinda de novos voos pra cá, que para o trade é fundamental. Mas queremos que eles pensem na transformação desse aeroporto em um hub [centro de distribuição de voos]”, sinaliza Silvio Pessoa, presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação.

A lentidão das modificações na estrutura do aeroporto, entretanto, é motivo de reclamação. “Era para essas obras terem ficado prontas ontem, porque, logo, logo, vamos ter que pensar no futuro. O aeroporto é de pequeno porte, comparando com outras cidades do mundo, e não é adequado para a maior metrópole do Nordeste. Essas obras são bem vindas, mas temos que pensar a longo prazo”, afirma Pessoa.

Ele destaca que a construção de outra pista deveria ser prioridade para aumentar a capacidade do terminal e evitar problemas no futuro. “Temos que pensar, urgentemente, na segunda pista do aeroporto. Não podemos ficar protelando essa decisão”, defendeu.

A Vinci disse, por meio de nota, que a construção de uma nova pista não é uma prioridade a curto prazo. "Por isso, há tempo para um diálogo aprofundado sobre as melhores soluções para a ampliação da capacidade do aeroporto”, afirmou a concessionária ao CORREIO.

Atualmente, o terminal conta com duas pistas. A principal tem 3.003 metros e a segunda, para aviões de pequeno porte, tem 1.520 metros. A área total do terminal é de 64.550 metros quadrados.

A expectativa de melhoras para o turismo baiano em 2018, de acordo com Roberto Durán, não se resume às obras que serão iniciadas no aeroporto.

“Há 4 ou 5 anos nós cobramos os governantes a resolução dos nossos dois grandes gargalos turísticos, que são o aeroporto e o Centro de Convenções. A prefeitura já licitou o novo Centro de Convenções (municipal) e o nosso terminal de passageiros será melhor qualificado. Com isso, aumentará significativamente o número de passageiros durante todo o ano, não só em período de férias”, afirma o presidente do CBTur.