Onde economizar: confira os aparelhos que mais consomem energia elétrica

Com a energia 17% mais cara, CORREIO da dicas para reduzir o consumo e evitar o impacto do aumento na conta de luz

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  • Victor Lahiri

Publicado em 19 de abril de 2018 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/ Arquivo CORREIO

A conta de energia ficará - a partir deste domingo (22) - 17% mais cara.  Em tempos de crise hídrica e dinheiro apertado, mais do nunca é necessário economizar. E se o consumidor não tem poder de interferir no preço da tarifa, ele tem em suas mãos o poder de controlar o consumo dentro de sua própria residência, ao mesmo tempo em que cresce a necessidade de uso de aparelhos e equipamentos que precisam estar ligados à rede elétrica - mesmo que temporariamente como os celulares - para poder funcionar e garantir a comodidade no lar.  

De acordo com a gerente de eficiência energética da Coelba, Ana Mascarenhas, o pensamento econômico é essencial para a redução de gastos. E o consumidor deve conhecer quais são os aparelhos que mais gastam energia. “Chuveiro elétrico, ar-condicionado, micro-ondas e máquinas de lavar roupas estão entre os eletrodomésticos de maior consumo no lar, por isso é importante verificar a intensidade com a qual esses equipamentos são usados”, afirma.

Para reduzir o impacto desses aparelhos na conta de luz, Ana recomenda o cálculo entre potência e tempo de uso. Ou seja, quanto mais forem acionados, maior será o peso no valor do boleto. Então, o uso moderado pode representar uma grande diferença no boleto. 

Idade

Diz a música que panela velha faz comida boa, mas eletrodoméstico velho faz a conta ficar mais cara. Segundo especialistas, o principal fator que contribui para um maior consumo por parte dos equipamentos antigos é a tecnologia. Os componentes utilizados em eletrodomésticos mais modernos têm por objetivo proporcionar um gasto menor, além disso, o desgaste natural das peças também pode criar verdadeiros “ladrões” de energia.

Porém, se a dificuldade para a compra de um eletro mais econômico for de ordem financeira, a especialista da Coelba recomenda a manutenção constante. “No caso de aparelhos como geladeira, que precisam ficar ligados 24 horas  por dia, é importante estar atento aos defeitos de vedação e outros problemas que possam prejudicar a relação de consumo”, explica a gerente de eficiência energética da Coelba. “Nos equipamentos de uso sazonal, o consumidor deve se reeducar para  evitar prolongar o funcionamento quando não há máxima necessidade”. Rafael criou um aplicativo para medir o consumo de eletroeletrônicos (Foto: Divulgação) Se reeducar em relação a certos vícios no uso da energia nem sempre é tarefa fácil. Foi pensando nisso que Rafael Gandarela, diretor da Automatizus, empresa especializada em automação de sistemas domésticos e comerciais, formulou o Smart Grid, aplicativo personalizado que identifica o nível de consumo de cada item que usa energia no ambiente, de lâmpadas a eletrodomésticos. 

“Com o app, o cliente consegue ver o que gasta mais energia na casa, de maneira detalhada. Dessa forma, ele pode começar a regular o uso de certos itens e diminuir o peso na conta”, diz. 

Outra opção oferecida pela Automatizus é a implantação de um sistema de programações periódicas, através do qual os aparelhos passam a funcionar de maneira inteligente. “O ar- condicionado, que tem um peso relativo na conta, passa a ser desligado periodicamente durante a noite. A iluminação também pode ser regulada para consumir menos. É um sistema para poupar automaticamente ”, observa. 

PARA REDUZIR A CONTA

Adquira   aparelhos elétricos eficientes (e use com eficiência). Eletrodomésticos mais antigos costumam ser menos eficientes. Se puder, substitua-os por aparelhos mais novos e com selo Procel de eficiência energética. Isso irá ajudar na economia de energia e consequente redução das contas. Pesquise os modelos e funções para saber quais são mais eficientes. Na hora de  usar, estude o manual para maximizar o uso e minimizar o gasto de energia.  

Desligue   o computador se não for utilizá-lo dentro de uma hora. Algumas pessoas acham que deixar o computador ligado 24 horas consome menos energia do que ligá-lo e desligá-lo a cada uso, mas não funciona assim. Se a pausa entre o uso for longa, superior a uma hora, por exemplo, o ideal é desligar o equipamento. Se der, opte por laptops, que costumam ser mais econômicos. 

Fique  de olho no carregador de celular. Não deixe na tomada depois que o aparelho estiver completamente  carregado. Mesmo por poucos instantes, ele consome energia elétrica.

Aproveite   a luz do sol. Além de ser confortável para os olhos, aproveitar a iluminação natural ajuda a reduzir o desperdício de energia. Evite acender luzes em ambientes naturalmente já iluminados, dê preferência por lugares com janelas amplas e paredes claras. 

Evite   usar a função stand-by  (espera) dos aparelhos. Nunca deixe os aparelhos ligados na tomada em ‘stand-by’. Não há necessidade de continuar consumindo energia se você não  está utilizando. Prefira tirar o eletrodoméstico da tomada quando não estiver em uso, mesmo que você não ache prático. Nesse caso, a comodidade não compensa o desperdício. 

 Escolha   lâmpadas LED, mesmo que sejam mais caras, pois a economia de longo prazo compensa os custos iniciais, já que elas duram mais. Dê preferência a esse tipo de lâmpada especialmente na cozinha, área de serviço e outros locais que fiquem com as luzes acesas mais de 4  horas por dia. 

Utilize   a função “timer” dos televisores. O aparelho é responsável por cerca de 5% a 15% do consumo total de uma residência, por isso, evite dormir com televisores ligados.  Se você já sabe que costuma pegar no sono assistindo televisão, utilize a função “timer” ou “sleep”, presente na maioria dos modelos,  e programe o aparelho para que ele desligue sozinho. 

Estabilize   a temperatura do ar-condicionado. Para economizar energia, não é preciso sofrer com o calor e desligar o condicionador de ar. Deixar o aparelho em uma temperatura estável refresca e ajuda a reduzir o valor da conta. Uma dica é regular o termostato para uma temperatura confortável, entre 23 e 25 graus.