Onde investir para  a reserva crescer

Educadora financeira explica que uso da reserva deve ser levada em consideração na hora de escolher um investimento para fazer este dinheiro render

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  • Maryanna Nascimento

Publicado em 23 de outubro de 2017 às 05:59

- Atualizado há um ano

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Além de mais da metade dos brasileiros não ter reserva financeira, os que têm costumam ser conservadores quando pensam em investimento. Para 61% daqueles que fazem pé-de-meia, a conta na poupança é o local preferido para guardar o dinheiro. Em seguida, a prática mais comum é manter a reserva em casa, preferência de 19%. Os fundos de investimentos (8%), a Previdência Privada (6%); os CDBs (5%); e o Tesouro Direto (4%) vêm na sequência. Os números são do Indicador de Reserva Financeira, calculado pelo SPC Brasil e pela CNDL.

Para Meire Cardeal, educadora financeira, o perfil da reserva - que vai do curto ao longo prazo - deve ser levado em consideração na hora de escolher o investimento. Quando se trata de um fundo de emergência, “quando vai guardar dinheiro com foco no curto prazo eu vou comparar taxas, mas também verificar liquidez. Esse é o principal foco de quem quer tirar a qualquer momento sem perder”, explica. As opções vão da tradicional poupança - que continua rendendo acima da inflação, mesmo com a queda da Selic para 8,25% ao ano, até o Tesouro Selic, que como o nome diz está atrelado à taxa de juros básica da economia.

Ainda pensando nas economias para emergências, o educador financeiro Angelo Guerreiro chama atenção para os fundos DI. “Esses fundos têm perfil conservador e são lastreados, na maioria, em títulos públicos federais. Possuem baixo risco de mercado e de crédito”, explica. Porém, é preciso estar atento porque “os grandes bancos cobram taxas altas que podem fazer com que o investimento renda menos do que a poupança”. O educador orienta que o interessado procure plataformas digitais para fazer a intermediação desses fundos.

Quando os planos são a médio ou longo prazos, como a compra de um apartamento ou a aposentadoria, os investimentos podem ser outros. Angelo aconselha que as aplicações sejam mais ‘sofisticadas’. “Você tem uma opção enorme de fundos. Pode investir em ações, no exterior, em câmbio, juros e ter uma carteira mais diversificada”, diz. Independente do caso, os especialistas concordam em uma coisa: o investidor deve conhecer o próprio perfil, estudar, saber dos riscos e pesquisar o que se encaixa melhor às suas escolhas.