Ônibus param de circular no IAPI e Santa Mônica após morte no Pero Vaz

Segundo o sindicato, não há previsão de retorno; área vive tensão após assassinato do traficante John Lennon

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  • Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2017 às 17:16

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO

Os ônibus deixaram de circular no final de linha do IAPI e no bairro da Santa Mônica, em Salvador, na tarde desta quarta-feira (27). No primeiro bairro, os veículos só estão indo até o ponto do Retiro, que fica próximo à Rótula do Abacaxi. Já no segundo, o transporte nem chega a entrar.

A mudança nos trajetos ocorre por questões de segurança, após um atentado que terminou com um traficante morto e mais duas pessoas feridas no Pero Vaz. As informações são da assessoria do Sindicato dos Rodoviários. “Depois da morte de ontem (terça), os trabalhadores perceberam um clima de instabilidade e as possíveis perspectivas de queima de ônibus”, afirmou a assessoria.

O sindicato ainda declarou que não há previsão para o serviço ser normalizado. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que unidades especializadas da PM chegaram ao IAPI e nas comunidades vizinhas desde a madrugada desta quarta (27).

Escolas A Secretaria Municipal da Educação (Smed) informou que todas as unidades da região ficaram abertas, mas muitos pais de alunos optaram por buscar os filhos mais cedo. Já a Secretaria Estadual da Educação (SEC) declarou que apenas uma escola teve baixa frequência de estudantes. 

Morte de traficante Um homem morreu e outras duas pessoas - dentre elas uma adolescente de 15 anos - ficaram feridos na noite desta terça-feira (26), no Pero Vaz. O ataque aconteceu na Rua Meireles, em frente ao Colégio Classe.

A Polícia Militar, em nota, informou que as vítimas estavam conversando na entrada da rua quando duas motos, uma com dois indivíduos e outra com apenas um, efetuaram os disparos. João Lenon Santos Oliveira, 27 anos, o John Lennon, morreu no local. Ainda conforme a polícia, ele era envolvido no assassinato de um policial federal, em março de 2009, no IAPI. Na ocasião, ele foi preso seis dias depois do crime, durante uma megaoperação, que contou com policiais civis, militares e federais. João Lenon foi preso pela morte de policial federal e respondia a quatro processos (Foto: Reprodução) Além de John Lennon, José Nilton Ramos dos Santos Júnior, 35, e a adolescente foram baleados, mas sobreviveram. José foi atingido no joelho e a jovem no braço. Eles foram levados para o Hospital Ernesto Simões. Não há informações sobre o estado de saúde dos feridos.

A PM afirmou que segundo informações preliminares houve troca de tiros entre criminosos na região. A Polícia Civil irá investigar a motivação do crime.

A Secretaria estadual da Segurança Pública (SSP) disse, através da assessoria de comunicação, que o policiamento foi reforçado na região após o ataque.