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Operação Timóteo: PF cumpre mandados de busca e apreensão em Campo Formoso e Jaguarari


 

Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em Campo Formoso e Jaguarari

  • Da Redação

Publicado em 16/12/2016 às 10:22:00
Atualizado em 16/04/2023 às 09:48:10

Duas cidades baianas foram alvo da Operação Timóteo, deflagrada na manhã desta sexta-feira (16), pela Polícia Federal. Os agentes realizaram mandado de busca e apreensão em Campo Formoso e Jaguarari. A PF investiga um esquema de corrupção na cobranças de royalties da exploração mineral. Além das cidades baianas, foram realizadas conduções coercitivas e buscas e apreensões em outros dez estados e no Distrito Federal.

Ao todo, 300 policiais estão participando da operação na Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. A operação, batizada de Timóteo, tem como objetivo investigar um esquema de corrupção que no repasse dos royalties da exploração mineral, que representam  65% da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) e tem como destino os municípios.

Segundo a Polícia Federal, as provas recolhidas pelas equipes policiais devem detalhar como funcionava um esquema em que um diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral, detentor de informações privilegiadas a respeito de dívidas de royalties, oferecia os serviços de dois escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria a municípios com créditos de CFEM junto a empresas de exploração mineral.Por causa disso, o juiz do caso determinou ainda que os municípios se abstenham de realizar quaisquer atos de contratação ou pagamento aos três escritórios de advocacia e consultoria sob investigação.  Entre os investigados está o pastor Silas Malafaia. Ele é suspeito de usar contas da igreja para esconder a origem do dinheiro ilícito. Em suas redes sociais, Malafaia afirmou que recebeu o dinheiro de um fiel, mas não sabe a origem do valor."É a tentativa para me desmoralizar na opinião pública. Não poderia ter sido convidado para depor. Recebi um cheque de um advogado como recebo inúmeras ofertas e as declaro no IR. Sou responsável pela bandidagem de outros? Estou indignado. Será que a Justiça não tem bom senso para saber que eu recebi o cheque de uma pessoa? E isso me torna participante do crime? Estou indignado", afirmou Malafaia.