Palmirinha revela que apanhava do marido: 'estava sempre com roxos pelo corpo'

Cozinheira ficou casada durante 20 anos

Publicado em 10 de agosto de 2017 às 10:00

- Atualizado há um ano

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A cozinheira Palmirinha Onofre, 86 anos, revelou que sofreu violência doméstica durante o período em que foi casa com o pai de suas três filhas. Em entrevista à revista Veja, a 'vovó' - como é conhecida - contou que mandava as crianças para outro quaro para que elas não presenciassem as agressões. A apresentadora está fora da TV há dois anos, desde que encerrou seu contrato com a Fox.

"Eu estava sempre com o olho inchado, machucada, com roxos pelo corpo", revelou Palmirinha. "Eu fechava a porta, mandava elas irem para outro quarto, procurava esconder, mas elas viam", acrescentou sobre as filhas.

Segundo a cozinheira, no passado ela se matriculou no Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral) para terminar os estudos pela noite, após o trabalho. Mas a recepção do marido não era positiva. "Quando eu chegava em casa, ele achava que eu estava em outro lugar e era aquele auê", disse à Veja.

Palmirinha disse ainda que só teve coragem de se separar depois que as filhas mais velhas se casaram e saíram de casa. "Depois de 20 anos de casamento, eu falei: 'Chega'. Ele me maltratava muito. Eu segurei, porque pensava que, se me separasse, minhas filhas poderiam não ter um bom casamento. Mulher separada não era bem vista", explica.

Após a separação, a apresentadora contou que passou por muitos momentos de solidão. "Sentia falta das minhas filhas – duas eram casadas, eu não queria preocupá-las, e a mais nova viajava muito com a senhora para quem eu trabalhei, que era madrinha dela. Sentava no sofá e não tinha vontade nem de comer de tanta saudade. Chorava sozinha. Não tinha ninguém que ficasse comigo. Nunca tive amigas. Minhas amigas eram as minhas filhas", lembrou emocionada.

Câncer Para não depender das filhas, Palmirinha trabalhava com cozinheira para pagar o plano de saúde e o aluguel. Ela chegou a esconder das filhas quando foi diagnosticada com câncer de útero, em 1980. "Fiquei um ano afastada e mantive a minha casa. Eu não acreditava que estava doente, porque trabalhei até o último dia antes de fazer a cirurgia. Não sentia nada. Aliás, escondi doenças delas duas vezes – na segunda, em 2013, tive um problema de rim e fiquei entre a vida e a morte. Nos dois casos, elas acabaram descobrindo".