Pedreiro, irmão e cunhada são assassinados a tiros em Simões Filho

Sobrevivente, menina de 6 anos está internada no Hospital Geral de Camaçari

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  • Bruno Wendel

Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 15:06

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Bruno Wendel/CORREIO

Em pé, na porta da humilde casa, a aposentada Dinalva Cardoso dos Santos, 60 anos, respondeu um vizinho: “Eu não fui lá. Só estou aqui porque Deus está me sustentando”. Não é para menos. Um homem invadiu uma casa e matou a tiros os dois filhos dela e a nora e ainda baleou na mão a neta de 6 anos, na noite desta terça-feira (13), em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS). 

O crime aconteceu na localidade de Pitanga dos Palmares. O pedreiro Jair Cardosos dos Santos, 46, estava na casa do irmão e da cunhada, Erivaldo dos Santos, 40, e Josilene dos Santos Ferreira, 25, quando os três foram baleados por um homem encapuzado. 

Jair e Josilene morreram no local. Já Erivaldo chegou morto no Hospital Geral de Camaçari (HGC). A menina, Luciana Santos, filha do casal, está internada no HGC, onde passou por uma cirurgia para retirada da bala alojada na mão direita. Ela dormia na mesma cama com os pais. 

O triplo homicídio é investigado na 22ª Delegacia (Simões Filho). “A região é um ponto forte do tráfico. Um dos mortos é envolvido”, disse um dos agentes do Serviço de Investigação da unidade, sem querer dar mais detalhes do caso.

Ao CORREIO, Dinalva disse que Erivaldo deixou, havia cinco meses, o Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, onde passou 1 ano e 7 meses cumprindo pena por roubo. “Não sei se isso tem a ver com o que aconteceu”, disse a idosa, mãe de dez filhos – os dois que morreram faziam parte dos cinco filhos homens. 

Disparos Era por volta das 20h quando Dinalva ouviu os disparos, na 1ª Travessa da Rua J. Simões. “Já ia me deitar quando escutei os tiros. Foram muitos. Acordei meu marido. Algo me dizia que aquilo acontecia na casa de meu filho”, contou a aposentada. 

A confirmação veio segundos depois. Mesmo ferida, a pequena Luciana conseguiu abrir o cadeado e correu para a casa da avó. “Ela chegou gritando: ‘Vovó, vovó, mataram meu pai, minha mãe e meu tio’. Ela estava muito nervosa”, contou a aposentada. 

Ela disse ainda que, logo em seguida, a casa foi invada por curiosos. Erivaldo ainda agonizava ao lado de Josilene. Ele foi retirado da cama por vizinhos e colocado dentro de um carro, mas chegou sem morto ao HGC. Já Jair foi encontrado sem vida no banheiro da casa. Ainda não há informações de quando será o enterro as vítimas.