Petrovic e o fio de esperança

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 3 de novembro de 2017 às 05:30

- Atualizado há um ano

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Bem interessante a primeira lista de selecionáveis do técnico Aleksandar Petrovic para a seleção brasileira masculina. Gosto da volta de Anderson Varejão, Alex e, principalmente, Marcelinho Huertas, que, após ser escanteado quase dois anos no Los Angeles Lakers, voltou a jogar em bom nível na Espanha.

A ausência de nomes como Nenê e Cristiano Felício, bem utilizados na NBA, não surpreende, já que os jogos das Eliminatórias ocorrem em meio à temporada da liga americana. Lucas Bebê, que é usado meio sem critério no Toronto Raptors (tem noite que joga 30 minutos como titular e, na seguinte, joga dois), deve ter tido dificuldade para liberação e Bruno Caboclo, também do Raptors, se queimou após episódio de indisciplina na Copa América.

Por esses mesmos motivos, estranhei a presença de Raulzinho na lista. Aparentemente, o armador iria ser mais utilizado nessa temporada pelo Utah Jazz, mas sofre com lesões e, da mesma forma que Bebê, varia bastante o tempo de quadra. É um estranhamento positivo, já que acho que a seleção ganha muito com a presença dele.

Tiago Splitter e Leandrinho, sem clube, também poderiam ter sido chamados, a depender de suas condições físicas. Mas se Varejão foi, acredito que também deveriam ter tido uma chance. A seleção seria, inclusive, uma vitrine para eles. A lista ainda conta com novidades como Yago, Antonio e Jhonatan, inesperados numa primeira lista de convocados.

Sobre Petrovic, a escolha me agrada muito. A escola iugoslava, como todos sabem, é uma das melhores do planeta ao lado da americana, da espanhola e da grega (com a qual se assemelha) e prima pela intensidade defensiva, o maior defeito brasileiro nos últimos tempos. Além disso, Petrovic vinha treinando a Croácia até setembro, ou seja, está antenado com o basquete atual.

O sistema de eliminatórias para o Mundial é um erro, que desagrada todos exceto a Fiba, mas acredito que será importante para o início de trabalho de Petrovic. Com tantos problemas na CBB, fruto de décadas de descaso, é um fio de esperança para dias melhores pro nosso basquete.

UFC É hora de Michael Bisping dizer tchau. Depois de quase um ano e meio enrolando e fazer uma única (e sem sentido) defesa de cinturão dos médios do UFC, contra Dan Henderson, não vejo como o britânico ter armas para sair do octógono amanhã, no UFC 217, vencedor contra Georges St-Pierre.

Tecnicamente, o canadense é MUITO superior. O que pode igualar um pouco as ações são os quatro anos de aposentadoria que GSP se deu e o fato de ser uma categoria superior aos meio-médios, onde ele atuava antes. Pode faltar um pouco de ritmo, ainda que eu ache que St-Pierre tem experiência suficiente para saber lidar com esse hiato e aposentar o Conde.

Nas outras duas disputas de cinturão, acredito que Joanna Jedrzejczyk mantenha o cinturão dos palhas contra Rose Namajunas e TJ Dillashaw retome o seu dos galos numa disputa sangrenta e parelha com Cody Garbrandt. A única chance de Rose tomar o cinturão da polonesa é no chão, mas não vejo como ela se aproximar com força suficiente para isso, sem ser entupida de chutes e socos. A luta entre Garbrandt e Dillashaw é pessoal. Quem tiver com a cabeça melhor, tem grande vantagem.

Ivan Dias Marques é subeditor de Esporte e escreve às sextas-feiras