PF abre operação de desdobramento da Lava Jato no Rio Grande do Sul

A ação é desdobramento da Operação Xepa, 26ª fase da Lava Jato, e cumpre mandados de busca e apreensão em combate a crimes contra o sistema financeiro nacional em Porto Alegre, Canoas, Glorinha e em Brasília

  • D
  • Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 08:55

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) está nas ruas desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (16) para cumprir mandados judiciais em investigação para combater crimes de lavagem de capitais, evasão de divisas, fraudes contra o sistema financeiro nacional e corrupção. A operação, chamada Étimo, é um desdobramento da Lava Jato no Rio Grande do Sul.

Mais de 50 policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão em Porto Alegre (2), Canoas (1), Glorinha (1) e em Brasília (1). Também foram autorizados pela Justiça Federal o sequestro de bens e a quebra de sigilo dos investigados.

“Com dados obtidos a partir do compartilhamento das informações da 26ª fase da Operação Lava Jato (Operação Xepa, deflagrada em março de 2016 pela PF no Paraná), foi possível aprofundar as investigações sobre esquema envolvendo a lavagem de dinheiro por meio de entidade associativa ligada a grandes empreiteiras”, diz a nota da PF. A entidade recebia das empreiteiras um porcentual do valor de obras públicas realizadas no Estado. Contratos de assessoria entre a entidade associativa e empresas de fachada eram utilizados para dar aparência de legalidade às operações financeiras de retirada de valores dessa entidade. A movimentação ilegal desses recursos, no Brasil e no exterior, sua origem e sua destinação, são objeto de investigação pela Operação Étimo. O nome da Operação é uma referência à origem das informações que possibilitaram o aprofundamento das investigações. Étimo é um termo que exprime a ideia de origem, que serve de base para uma palavra, a partir da qual se formam outras.Xepa A Operação Xepa abriu novas linhas de investigação do pagamento de propinas pelo Grupo Odebrecht em outras obras públicas, que extrapolavam a Petrobras - foco inicial das investigações. Na época foram descobertas planilhas de controle dos pagamentos de propina da Odebrecht. Os investigadores identificaram "pagamentos sistemáticos" com entregas de valores em moeda no Brasil e transferências no exterior.