PF faz buscas na casa do governador do TO em operação que investiga primeira-dama

A 6ª fase da operação Ápia foi deflagrada em Palmas e em Brasília; PF cumpre 24 mandados ao todo

Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 08:20

- Atualizado há um ano

A Polícia Federal cumpre, nesta quarta-feira (13), mandados de busca e apreensão e de intimação na casa do governador Marcelo Miranda (PMDB) e da primeira-dama e deputada federal Dulce Miranda (PMDB). A parlamentar é um dos alvos da 6ª fase da operação Ápia da Polícia Federal, que investiga corrupção e lavagem de dinheiro.

O deputado federal do Tocantins Carlos Gaguim (Pode) e o empresário Benedito Farias, conhecido como Dito do Posto, dono de uma rede de postos de combustíveis, também são investigados. De acordo com informações do G1, até o momento não foi possível entrar em contato com os deputados ou seus assessores. 

A PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão e oito de intimação contra investigados mencionados em acordo de colaboração premiada homologado no Supremo Tribunal Federal.

Alguns dos locais onde a políca cumpre mandados de busca e apreensão são a casa do governador e o prédio onde moram Gaguim e Dito do Posto. A decisão é do STF porque envolve pessoas com foro privilegiado.

A Polícia Federal informou que nesta fase da operação, apura-se os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro decorrentes de vários pagamentos de propinas realizados pela empresa Construtora Rio Tocantins (CRT), de propriedade do colaborador Rossine Ayres Guimarães, a políticos.

Operação Ápia

A 1ª fase da operação foi realizada em outubro do ano passado. Na época, 115 mandados judiciais foram cumpridos. Um deles foi contra o ex-governador Sandoval Cardoso (SD), que teve a prisão preventiva decretada e ficou 15 dias preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas.

Segundo informações da PF, o grupo suspeito de fraudar licitações de terraplanagem e pavimentação asfáltica no Tocantins funcionava em três núcleos compostos por políticos, servidores públicos e empresários. A suspeita é de que o grupo tenha desviado cerca de R$ 200 milhões.

Entre os investigados está o ex-governador Sandoval Cardoso, que teve prisão preventiva decretada e se apresentou no dia 13 de outubro do ano passado. O ex-governador Siqueira Campos, também é alvo. No ano passado foi levado para prestar depoimento na sede da PF, em Palmas.