PM flagra furto no Centro de Convenções e libera suspeitos

O fato aconteceu no Centro de Convenções da Bahia, na manhã deste domingo

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  • Gil Santos

Publicado em 20 de agosto de 2017 às 13:00

- Atualizado há um ano

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O Código Penal Brasileiro diz que furtar é crime e que quem for pego cometendo esse ato pode ficar preso por até quatro anos, além de pagar multa. Neste domingo (20), três pessoas foram flagradas por policiais militares logo após furtarem três aparelhos de ar-condicionado e fios do Centro de Convenções da Bahia, no bairro do Stiep, em Salvador, mas foram liberadas após a abordagem. Homem carrega ar condicionado pelo gramado do Centro de Convenções (Foto: Leitor) O fato foi registrado em fotos e vídeos por moradores da região. Nas imagens é possível ver quando três policiais militares abordam os três suspeitos, dois homens e uma mulher, que estavam transportando os aparelhos em um carrinho de mão. Dois dos militares entram no Centro de Convenções e fazem buscas na área de onde o trio havia saído com os aparelhos.  Suspeitos colocam aparelhos sobre o carrinho (Foto: Leitor) Em seguida, os suspeitos são liberados. É possível ver eles caminhando calmamente com os produtos enquanto os policiais voltaram para a viatura e seguem na direção contrária. O Código Penal diz também que se para cometer o crime o assaltante tiver vencido obstáculos, como a escalada de um muro, por exemplo, o furto será considerado qualificado e a pena será dobrada. Moradores contaram que essa seria a forma como os bandidos estão agindo no Centro de Convenções e que a maioria foge no sentido Orla.

Até mesas e janelasSegundo um dos vizinhos do Centro de Convenções, que pediu para não ser identificado, os furtos começaram há cerca de uma semana. Os bandidos se dividem em grupos que variam entre três e oito pessoas, que pulam o muro e entram no prédio. Depois, retornam com fios, cadeiras, mesas, janelas e aparelhos de ar condicionado. Suspeitos são abordados por policiais militares (Foto: Leitor) Os produtos furtados são passados por cima do muro para comparsas que esperam do lado de fora. O material roubado é levado nas costas ou em sacolas. O que é grande demais para ser transportado por uma pessoa é colocado em carrinhos de mão e amarrados com corda, como aconteceu com os três aparelhos de ar-condicionado deste domingo.

"Isso já está acontecendo há cerca de uma semana, em horários variados. Ontem (sábado), eles vieram à tarde. Era um grupo de oito pessoas. Pularam o muro e levaram os produtos. Hoje, veio um grupo menor, pela manhã, e fizeram a mesma coisa", contou o morador. Suspeitos enrolam fios retirados do Centro de Convenções (Foto: Leitor) Outro vizinho contou que os tapumes colocados pelo governo para isolar parte do acesso ao prédio foram derrubados. Ele disse que chamou a polícia algumas vezes quando os furtos começaram, mas os militares não apareceram. "Hoje eles vieram, foram rápidos porque chegaram alguns minutos depois que liguei, mas liberaram os caras depois da abordagem. Eles abordaram os bandidos, que estavam com os produtos roubados e liberaram os caras", contou.

Ainda segundo os moradores, depois que os policiais saíram os suspeitos foram embora, mas retornaram alguns minutos depois para levar outros produtos do Centro de Convenções.

Em nota, a Polícia Militar pediu que o CORREIO encaminhasse as imagens para que pudessem identificar os policiais militares que atenderam a ocorrência.

Com quase 40 anos de inaugurado, o Centro de Convenções da Bahia estava fechado para obras de recuperação, quando parte da estrutura desabou em setembro de 2016. Em fevereiro deste ano a Justiça do Trabalho determinou a penhora do imóvel e a suspensão de qualquer obra no local em garantia a uma dívida trabalhista, avaliada em R$ 50 milhões, da Bahiatursa, empresa pública que era ligada ao governo do estado.  

Procurado pela equipe de reportagem do Correio, o secretário da Casa Civil do governo do estado, Bruno Dauster não se pronunciou, mas a Secretaria de Comunicação Social (Secom), através do coordenador executivo Diego Mascarenhas ressaltou que o Estado mantém segurança patrimonial no local e conta com o apoio da PM para assegurar a proteção do equipamento urbano. Segundo ele, as obras de desmonte dos escombros permanecem paradas e sem previsão de retomada para garantir a ordem da 34a. Vara Trabalhista.