Polícia encontra droga em casa onde homem foi assassinado em Vilas

Tabletes de maconha prensada foram apreendidos e levados para perícia. No local, também havia um carro com placa clonada e uma quantia em dinheiro

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  • Bruno Wendel

Publicado em 1 de agosto de 2017 às 21:55

- Atualizado há um ano

A polícia encontrou tabletes de maconha prensada na casa alugada por Adson Luiz Cunha da Silva, 31 anos, assassinado a tiros na madrugada desta segunda-feira (31), no bairro de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador. Além da droga, a polícia apreendeu uma quantia em dinheiro não especificada. 

“Nenhuma hipótese é descartada. Estamos com policiais na rua para tão logo chegarmos na autoria e motivação do crime. Aparentemente os criminosos não levaram nada”, declarou o delegado Joelson Reis, titular da 23ª Delegacia (Lauro de Freitas), ao ser perguntado sobre a investigação do caso. 

Ainda de acordo com o delegado, um carro com a placa clonada foi encontrado dentro do imóvel. “Esse veículo já foi levado pela perícia e vamos apurar de quem é o carro”, declarou. Ele disse ainda que algumas pessoas já foram ouvidas.  

AluguelSegundo moradores da região, Adson alugou o imóvel há cerca de seis meses. Ele chegou com a mulher, que na época estava grávida. “O casal morava em São Cristóvão e ele disse que veio para cá porque a casa da mãe dele estava pequena, que com a chegada do bebê, ele e mulher precisava de mais espaço”, contou uma moradora. 

Pouco mais de três meses, a mulher de Adson abandonou a casa e levou consigo o bebê. “Eles brigaram feio da última vez. Ela chegou a gritar várias vezes: ‘Eu não aguento mais!’. Depois dessa discussão, ela foi embora com a criança’”, contou a moradora. 

EstranhezaO comportamento de Adson causava estranheza aos vizinhos. “A gente sabia que ele não trabalhava, mas sempre ele estava com um carro diferente. Às vezes era com um Logan, outra vez uma picape L 200, outro dia com um Audi, todas nas cores preto, o que deixava a gente mais intrigado”, contou um morador.

Apesar de morar sozinho, a casa tinha uma movimentação intensa de pessoas. “Vinha gente de todo o tipo e nunca as mesmas pessoas. Quando não vinham a pé, paravam o carro de ré e desciam apenas de chinele e bermuda e largavam malas. Alguma coisa boa não era, porque quem viaja ou vai viajar não sai com nesses trajes”, complementou o morador.

Crime“Estava em casa, tomando sopa, quando escutei três tiros. Na hora, chamei meu marido e aguardamos a polícia chegar, que não demorou muito, cerca de 15 minutos”, contou uma moradora.  Uma outra mulher, que também mora na mesma rua, confirmou a quantidade de disparou. “Era pouco mais de 20h, assistia televisão quando ouvi os disparos. De imediato fiou estática, em choque. Quando liguei para polícia, eles já sabiam porque alguém já tinha ligado”, disse. 

A rua tem uma guarita com uma cancela. Segundo vizinhos, Adson chegou num carro e logo em seguida um carro prata usado pelos bandidos vinha logo atrás. “O porteiro disse que só viu o momento em que o carro prata parou em frente à casa”, contou um outro morador.   

A polícia investiga o caso. Segundo o delegado, uma equipe está em campo levantando as informações, mas os detalhes não foram divulgados para não atrapalhar a investigação.