Preço da gasolina faz Região Metropolitana de Salvador ter maior inflação do país

Números mostram que os resultados são bem acima da variação negativa de julho (-0,25%)

Publicado em 23 de agosto de 2017 às 16:09

- Atualizado há um ano

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,59% na Região Metropolitana de Salvador. Esse dado, divulgado nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que os preços na RMS são os mais caros de todas as áreas pesquisadas. A culpa, segundo o IBGE, vem dos combustíveis (que tiveram alta de 13,28%), sobretudo a gasolina (aumento de 15,67%).  Os números mostram que os resultados são bem acima da variação negativa de julho (-0,25%), mas ainda abaixo do 0,75% registrado em agosto de 2016. 

O IPCA-15 da RMS, em agosto, foi a  maior prévia da inflação dentre as 11 regiões pesquisadas – seguida pelas regiões metropolitanas de Curitiba (0,57%) e São Paulo (0,55%). Fortaleza (-0,02%) e Rio de Janeiro (-0,16%) tiveram variações negativas nos preços.

Com o resultado de agosto, no acumulado em 12 meses, o IPCA-15 da Região Metropolitana de Salvador acumula alta de 2,42%, ainda mostrando desaceleração em relação a julho (2,58%) e sustentando a redução no ritmo de alta verificada desde abril (quando o acumulado tinha sido de 4,84%). 

No ano de 2017, o índice ficou em 2,01%, voltando a acelerar e ficando acima do 1,41% acumulado até julho, mas mantendo-se abaixo da média nacional (2,68%). O IPCA-15 da RM Salvador até agosto deste ano (2,01%) também continua num patamar bem abaixo do acumulado de janeiro a agosto de 2016 (6,54%). 

Os grupos de produtos e serviços que mais seguraram o aumento dos preços em agosto, na RMS, foram, nessa ordem, Habitação (-0,28%) e Vestuário (-0,55%). 

No primeiro caso, o destaque foi o gás de botijão (-2,31%), que ainda mostrou queda de preços entre 14/07 e 15/08. No segundo, as roupas femininas (-1,97%) e os calçados e acessórios (-1,21%) tiveram impactos importantes. 

Brasil

Nacionalmente, o grupo de despesas com habitação também teve um impacto importante na inflação, com uma alta de preços de 1,01%, provocada principalmente pelo aumento de 4,27% na energia elétrica. O impacto na conta de luz pode ser explicado pela entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha a partir de 1º de agosto e pelos reajustes em concessionárias de São Paulo e Belém.

Os alimentos continuam com preços em queda. Pelo terceiro mês consecutivo, o grupo de despesas alimentação e bebidas registrou deflação (-0,65%). Os alimentos para consumo em casa ficaram 1,17% mais baratos, com destaque para o feijão carioca (-13,89%), a batata inglesa (-13,06%), o leite longa vida (-3,86%), as frutas (-2,43%) e as carnes (-1,37%). Já a alimentação fora de casa ficou 0,32% mais cara.