Prêmio Caymmi destaca produção musical baiana e dá novo movimento à cena

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  • Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 05:40

- Atualizado há um ano

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Conhece essa galera das fotos aí de cima? Já ouviu falar nos nomes deles? Se a resposta para alguma das duas perguntas é não, é chegada a hora de saber. Afinal, são eles que estão produzindo a nova música baiana. Além disso, todos estão indicados à segunda edição do Prêmio Caymmi de Música, que nesta semana fará conhecidos seus 22 vencedores, escolhidos entre os 110 artistas, produtores e trabalhos finalistas.  Lançada em novembro do ano  passado, a segunda edição do Caymmi homenageia a Tropicália e tem como slogan a frase “Não somos um movimento de música, somos a música em movimento”. Em um mês de inscrições, o prêmio alcançou a marca recorde de 489 inscritos. De lá para cá, foram nove meses de atividades movimentado a cena musical da Bahia, produzindo quatro edições do Festival Caymmi, evento gratuito que percorreu diferentes bairros de Salvador. É todo esse movimento que vai ser coroado nesta sextta-feira, no palco do Teatro Castro Alves com a noite de premiação.Premiação Em um espetáculo multimídia, o diretor artístico Márcio Meirelles apresenta ao público o Bandão Caymmi, grande  banda mista formada por 37 artistas finalistas, entre intérpretes, músicos e arranjadores. A direção musical do espetáculo é assinada por Alexandre Lins. No Bandão, nomes como Achiles, Aiace, Caian, Duo Bavi, Filipe Lorenzo, Flavia Wenceslau, Kalu, Lívia Nery, Luedji Luna, Pirombeira, Renata Bastos, Skanibais e Tabuleiro Musiquim. Revezando-se no palco, eles fazem um show que terá como base o disco icônico Tropicália ou Panis et Circenses, lançado no auge do movimento, em 1968. “Sendo a referência maior o Tropicalismo, o espetáculo contará com interação de várias linguagens, tendo como máxima a música baiana, e será construído de forma colaborativa pelos artistas, que são os maiores representantes desse movimento musical atual”, explica Marcio Meirelles. Pela primeira vez, a cerimônia, antes restrita a convidados, terá ingressos à venda e será aberta ao público. Essa seria a primeira vez também que o evento aconteceria na Concha Acústica, mas por conta das constantes chuvas na cidade, a produção decidiu voltar a realizá-lo na Sala Principal do TCA.  Alice Caymmi e Saulo fazem participações no prêmio que leva o nome do avô da cantora (Foto: Divulgação) Com a mudança de local e de data, o cantor e compositor Tom Zé não pôde manter a sua participação por incompatibilidade de agenda. Saulo e Alice Caymmi, neta do músico que dá nome ao prêmio, são os convidados da noite.

Experimentações Falar que essa galera tem produzido a nova música baiana pode dar a entender que há uma unidade na sonoridade e  nas referências sobre as quais eles se debruçam. Só que não é bem assim. 

Para o jornalista e crítico musical Luciano Matos, que pelo segundo ano integra a comissão julgadora do prêmio, “a produção atual é muito rica e diversa, não tem uma cara”. “Talvez, em relação ao Caymmi, haja um linha que aproxime os participantes, o que é consequência dessa cena, mas também de uma galera do metal, do rock e do pop que não se inscreve na premiação”, pondera ao lembrar que muitos dos artistas selecionados levam para seus trabalhos referências afrobaianas. Para ele, uma ótima surpresa deste ano é a quantidade de bandas instrumentais que concorrem às principais categorias, a exemplo de Skanibais, IFÁ, Duo Bavi, Santini & Trio.Intercâmbio Indicada ao Caymmi tanto pelo trabalho junto ao grupo Sertanília quanto pela carreira solo, a cantora Aiace Félix, diz ser “extretamente gratificante o reconhecimento duplo” e comemora o fato de o Caymmi reunir trabalhos que vem sendo produzidos não só na capital, mas em todo território baiano. “A diversidade que a gente tem encontrado hoje é pulsante e estimuladora. Tanto para quenm produz, amigos-artistas, quanto para o público, que abraça essa pluralidade”, comenta. E ela aponta outro ponto forte do Caymmi este ano: reunir tantos artistas que talvez não tivessem a chance de se encontrar em um mesmo palco. “Fazer essa homenagem à Tropicália, todos juntos, em um show inédito feito pelos próprios participantes - não gosto de falar concorrentes- é incrível. Vou cantar com a Flávia Wenceslau, a Renata Bastos e a Luedji Luna”, adianta.