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Tema deu pontapé inicial para envolver setor do agronegócio na produção de energia renovável
Priscila Natividade
Publicado em 29 de setembro de 2017 às 06:10
- Atualizado há um ano
A aposta nas energias renováveis não deve ficar restritas ao semiárido do estado. Isto porque produtores da Região Oeste também devem aproveitar o potencial de geração de energia sustentável para não apenas resolver problemas de suprimento de energia nas unidades produtivas, mas também enquanto oportunidade de negócio. O tema foi discutido durante Workshop de Energias Renováveis no Agronegócio promovido pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães (SPRL).
O evento que aconteceu nesta quinta-feira (28) foi o pontapé inicial para o envolvimento do setor e da região na área de renováveis, como afirma o professor e responsável pelo Centro de Energias Renováveis na Agricultura da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Danilo Gusmão. “O agronegócio não quer só produzir grãos e fibras, mas também energia sustentável. Somos carentes de energia tanto no suprimento quanto na distribuição. Por isso, investir em soluções tecnológicas na área de renováveis resolve tanto o nosso problema em levar luz para a propriedade como abre o caminho para o agricultor diversificar o uso da terra que ele tem”, afirma.
Não é de hoje que agronegócio vem enfrentando diversos problemas com o alto custo e a falta de regularidade na distribuição e intensidade da energia fornecida. Para o vice-presidente da Faeb, Humerto Miranda, a expansão de empreendimentos na área de energia renovável cria alternativas importantes para a expansão da agroindústria. “O produtor poderá gerar energia na propriedade, de forma sustentável, utilizando recursos naturais que possuímos em abundância, como a luz do sol, a água, os ventos, além do grande volume de biomassa gerada nos processos produtivos, notadamente nas propriedades rurais e agroindústrias da região Oeste do Estado. Podemos citar ainda a produção e utilização de biocombustíveis em alguns empreendimentos rurais, que podem se transformar em propriedades autossuficientes, e até constituir uma nova fonte de renda”, diz Gusmão.
“Não basta só produzir para vender commodities. Precisamos agregar valor à produção e por isso precisamos melhorar nossa matriz energética. Estamos trazendo estas alternativas que podem se adequar ao agricultor com interesse de otimizar o negócio e vencer este entrave da energia”, acrescenta a presidente do sindicato Carminha Missio.