Q.I: indicação nos dias atuais

Por Lucy Barreto

  • D
  • Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 06:25

- Atualizado há um ano

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Já passou o tempo em que o famoso “Q.I” (quem indica) era considerado ruim para conseguir uma oportunidade de trabalho. Este ainda é um parâmetro largamente utilizado no mercado no momento das contratações. Para as vagas de estágio não é diferente.

Uma pesquisa da Companhia de Estágios apontou que 25% dos estudantes que se encontram estagiando no momento conseguiram a oportunidade por meio de indicação. O critério é tão expressivo que só perde para “Plataformas de divulgação de vagas” (28%) – método que pode incluir mailing, hotsites e/ou aplicativos específicos pelos quais as recrutadoras divulgam oportunidades.

No entanto, a influência de terceiros se mostrou mais eficaz na conquista do estágio do que os sites de consultoria (16,4%), as redes sociais (5,5%) e, até mesmo, a pró-atividade, ou seja, quando o jovem procura vagas nos sites das próprias empresas (9%), diretamente na faculdade (5,8%) ou entrega currículos (1,7%). Atualmente, num cenário em que a oferta de vagas é menor, o critério continua forte. Mesmo com profissionais sobrando no mercado, as empresas não abrem mão da boa e velha referência na hora de preencher seus postos.

Em tempos de redes sociais, o “Q.I” moderno inclui o relacionamento na internet. Muitos recrutadores checam, por exemplo, o perfil dos entrevistados e a forma como interagem na rede. De acordo com Tiago Mavichian, diretor da Companhia de Estágios, esse fenômeno não indica que alguns jovens são previamente favorecidos. “É natural que algumas empresas divulguem as vagas primeiro internamente. Esse hábito faz com que os próprios funcionários repassem a oportunidade para pessoas do seu convívio social, familiares ou amigos em que confiam”, explica.