Rápidas anotações do ano que vai

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  • Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2017 às 14:51

- Atualizado há um ano

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Rumo ao depósito Comecemos pelo final: José Maria Marin foi considerado culpado por seis crimes pela Justiça americana: conspiração para organização criminosa, fraude financeira nas Copas América, Libertadores e do Brasil e lavagem de dinheiro nas Copas América e Libertadores. O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda aguarda a sentença, que pode chegar a 120 anos de prisão. Enquanto isso, está recluso numa cadeia em Nova York que sequer tem espaço para banho de sol e já foi classificada como um “depósito de seres humanos”.

Aos 85 anos de idade, Marin vivencia na pele o outro lado das negociatas e das propinas. Em vez dos imóveis de luxo e das viagens cheias de ostentação, sente o peso do ônus de quem escolhe enriquecer pelo ilícito. Agora, todos aguardamos o que vai acontecer com seus antigos pares, como Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira.

‘Tem de confiar’ Sucessor de José Maria Marin na CBF, Marco Polo Del Nero, todos sabem, não sai do Brasil há mais de dois anos porque tem grande chance de ser preso. Réu nos Estados Unidos, Del Nero foi suspenso por 90 dias pela Fifa depois de todas as informações que vieram à tona no julgamento de Marin.

Em qualquer lugar sério, Del Nero já teria renunciado ou sido posto pra fora do cargo, mas vivemos num país em que o presidente da República manda “manter isso, viu?” e a vida continua numa boa.   

O portal UOL resolveu perguntar aos presidentes das federações estaduais o que acham da suspensão de Del Nero. Eis a resposta de Ednaldo Rodrigues, aquele que preside a Federação Bahiana de Futebol (FBF) há mais de 15 anos: “A decisão foi do Comitê de Ética da Fifa. O presidente diz que é inocente, então, a gente tem de confiar nele. Creio que ele possa voltar a ficar à frente da CBF, normalmente. Caso tenha passado 90 dias e não encontrem nada, não vejo problema de o Del Nero voltar para cumprir seu mandato”.

É por causa de exemplos como este que Del Nero ainda resiste.

Confederação do Sol Quadrado Enquanto Marin aguarda a sentença na prisão e Del Nero teme o mesmo destino, outros figurões do esporte brasileiro também passaram uns dias no xadrez neste ano que acaba. É o caso de Carlos Arthur Nuzman, então todo-poderoso do Comitê Olímpico do Brasil (COB), e Coaracy Nunes, que mandou nos desportos aquáticos do país por 30 anos. Pelo menos deste ponto de vista, não se pode dizer que 2017 foi um ano ruim para o esporte nacional.

Ba-Vi Bahia e Vitória vão começar 2018 com novos presidentes e discursos semelhantes: planejamento, fortalecimento da base, times montados a partir de critérios sólidos e certeza de que farão uma boa temporada.

O passar dos meses vai apontar o que é só conversa e o que vai se transformar em ações concretas. Nos pedidos dos torcedores para o ano que começa logo, logo, certamente entrarão os desejos de bom desempenho do clube do peito. Vibração nunca faltou. Mas só isso não basta.

Que 2018 seja massa pra todos nós!

Victor Uchôa é jornalista e escreve aos sábados.