'Remédio coberto de açúcar', diz Will Smith sobre racismo em filme

Ator esteve na Comic Con, neste domingo (10), para lançar Bright, novo filme da Netflix que estreia dia 22

Racismo, bullying e outros temas sérios são abordados com ficção científica, magia, elfos e doses de humor no filme Bright, nova produção da Netflix estrelada por Will Smith e lançada neste domingo (10), durante a Comic Con, em São Paulo. Ao lado do ator Joel Edgerton, que interpreta um ‘orc’ policial, e o diretor David Ayer (Esquadrão Suicida/2016), Will Smith falou sobre a importância de variar a linguagem na hora de abordar assuntos importantes.

“Isso que eu adoro na ficção científica. Eu faço muitos filmes de ficção científica e o que é bonito disso são as coisas que você pode falar quando você é um alienígena, um orc, uma fada. É como se fosse um remédio que você precisa tomar, mas ele está coberto de açúcar e você nem se liga no nível do remédio que você está tomando e na função daquilo no mundo”, comparou Will Smith, durante o evento que exibiu com exclusividade a pré-estreia do filme.

Em Bright, Smith interpreta um policial que tem como parceiro um orc azul que sofre bullying não só pelos policiais, como pela própria raça de orcs. “O filme fala sobre ser julgado por sua aparência, não pela forma como você age. Isso foi muito importante para mim”, contou Joel, que interpreta o orc.

O diretor David Ayer concordou e reforçou que o filme “é uma forma de olhar para os problemas do mundo sem pregar”. “Infelizmente há questões históricas com as quais ainda estamos lidando, especialmente nos Estados Unidos, e é muito difícil de falar sobre isso. Minha esperança é que as pessoas abram os olhos, o coração e converse sobre as coisas que estão acontecendo no mundo”, afirmou.

Bright estreia dia 22 de dezembro, na Netflix. Confira a matéria completa sobre o filme que será publicada domingo (17), no CORREIO.

*A jornalista viajou a convite da Netflix