Reunião entre vigilantes e sindicato patronal termina sem acordo

Na quinta-feira (1º) haverá uma nova rodada de negociação, até lá, a greve continua

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  • Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2017 às 21:37

- Atualizado há um ano

A reunião entre os representantes do Sindicato dos Vigilantes e do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado da Bahia (Sindesp) terminou sem acordo. A nova rodada de negociação foi agendada para a quinta-feira (1º), até lá, a categoria segue em greve. Pela manhã, um grupo de seguranças e vigilantes fez uma manifestação e uma caminhada na região do Iguatemi.Vigilantes começam a se concentrar na região do Iguatemi (Foto: Tailane Muniz/CORREIO)Os representantes dos dois sindicatos se reuniram na Superintendência Regional do Trabalho (SRT-BA), na Avenida Tancredo Neves. O encontro começou, por volta das 14h30 e, depois de quase 4h de conversação, a reunião foi encerrada sem acordo. As negociações começaram em fevereiro e a greve foi decretada na semana passada, no dia 24 de maio.O Sindicato dos Vigilantes acusa o sindicato patronal de intransigência e de tentar alterar um Termo de Ajustamento e Conduta (TAC) assinado com a categoria em 2012, para prorrogar a jornada de 12h de trabalho. A categoria pede que o piso salarias passe de R$ 1.002 para R$ 1.500, aumento de 7º, e reajuste no tíquete alimentação, além de cota de 30% para mulheres em todos os cargos, mas dizem que os patrões ofereceram apenas 1% de aumento.As agências bancárias e do INSS estão fechadas por conta da greve (Foto: EBC/ Arquivo)Procurados, os representantes do Sindesp não foram localizados para comentar o caso. Em nota publicada no próprio site, o sindicato patronal acusa o sindicato dos vigilantes de também ser intransigente, de divulgar informações incorretas e fala da "necessidade dos vigilantes executarem horas extras, de forma voluntária".

"O Sindesp/BA busca de todas as formas o entendimento com o Sindvigilantes, Sindmetropolitano e SVIItabuna, sem sucesso devido a intransigência de seus representantes, que se recusam a reconhecer a necessidade do vigilante executar horas extras, de forma voluntária. A responsabilidade com a proteção do patrimônio guarnecido é função básica do nosso trabalhador, não sendo possível, simplesmente desconsiderar o posto serviço como demonstra a postura adotada pelos sindicatos laborais na mesa de negociação", diz o comunicado.A próxima rodada de negociação será no Mistério Público do Trabalho (MPT), no Corredor da Vitória, na tarde de quinta-feira. Segundo o sindicato que representa os trabalhadores, existem 32 mil vigilantes na Bahia. Em Salvador, são cerca de 12 mil trabalhadores, atuando em agências bancárias, escolas, shoppings, museus e outros estabelecimentos.