Rodoviária de Salvador tem movimento intenso após Réveillon

250 mil baianos deixaram a capital para festejos de fim de ano pelo terminal

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  • Tailane Muniz

Publicado em 2 de janeiro de 2018 às 10:36

- Atualizado há um ano

. Crédito: Tailane Muniz/CORREIO

A vida começou a voltar às programações normais para os 250 mil baianos que deixaram a capital para os festejos de fim de ano pela Rodoviária de Salvador. Nesta terça-feira (2), o terminal registou grande fluxo de gente retornando à cidade - com reflexos no trânsito do entorno, que registrou congestionamento durante parte da manhã. 

Foi neste ritmo que o repositor Edmilson Miranda, 37 anos, retornou para casa neste início de ano. "Como diz o ditado: 'o dever me chama'", contou ele, que voltou de Conceição de Feira, a cerca de 100 km da capital, onde passou o réveillon com a família. 

"Fica aquele gostinho de quero mais. Passamos em casa, mas foi pura união  Por mim, ficaria mais uns oito dias, mas já ter ao trabalho hoje mesmo", contou ele, que é pai de uma menina de 5 meses. "Primeiro réveillon com ela, só alegria", pontuou o repositor, acrescentando que o movimento está tranquilo na estrada. Edmilson curtiu ano novo em família (Foto: Tailane Muniz/CORREIO) Para a vendedora Cristina Lucena, 32, valeu muito a pena passar o réveillon em Dias D'Ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Natural de Coité, a 220 km da capital, ela aproveitou o fim de ano para rever a família. "Ficamos com os primos e foi ótimo. Muito bom mesmo. Com o coração doendo de ter que ir embora, pegar a estrada de novo. Queria ficar", lamentou ela, acompanhada das duas filhas, do sobrinho e da cunhada.

Ao CORREIO, a vendedora confessou que gostaria de ter ido para o Festival da Virada, na Boca do Rio. "Queria muito, mas não deu. Nesses momentos a gente prioriza a família mesmo", completou ela.

Após quase 15 dias em Muritiba, no Recôncavo Baiano, onde nasceu, a artesã Valnísia Dias, 59, garante que não tem problema em retornar às rotina. "Pra mim é tranquilo, acho que foi suficiente para se divertir, descansar. O réveillon foi de muito churrasco no quintal, sensacional", disse. E completou: "mas vou aproveitar para ir ao médico, me cuidar, fazer um bom check-up. Vida que segue", comentou ela, aos risos. 

Já a funcionária pública Lúcia Nara Oliveira, 56, confessa que não queria voltar para casa tão cedo. Soteropolitana, Lúcia é mora em Itaberaba há 20 anos e estava há 22 dias na capital - acompanhada da neta, a estudante Alice Oliveira, 13. "Parte da família mora aqui, venho muitas vezes ao longo do ano mas não tenho hábito de vir passar festas. A experiência foi ótima, espero repetir. A parte ruim é essa, ter de voltar", relatou Lúcia, que comentou que já retorna ao trabalho nesta quarta-feira (3).

Sete ferries A Internacional Travessias Salvador, administradora do sistema Ferry-Boat, informou que na manhã desta terça-feira (2) estão em operação sete ferries: Dorival Caymmi, Zumbi dos Palmares, Rio Paraguaçu, Juracy Magalhães Jr., Anna Nery, Pinheiro e Ivete Sangalo, com saídas com saídas a cada 30 minutos.

No início da manhã, por volta das 8h30, o fluxo estava "moderado", segundo a administradora, para pedestres e intenso para veículos no terminal Bom Despacho. Já em São Joaquim, o movimento segue tranquilo para pedestres e veículos.