Salvador tem maior queda na inflação no país

A inflação acumulada de janeiro a novembro ficou em 2,5%

Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 10:45

- Atualizado há um ano

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, ficou em 0,28% em novembro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (8). Entre as 13 regiões do país envolvidas na pesquisa, Salvador teve a maior queda na inflação: -0,26%. 

A inflação acumulada no país, de janeiro a novembro, ficou em 2,5% - o menor resultado acumulado nos primeiros 11 meses desde 1998, quando a taxa ficou em 1,32%.  É também um resultado bem abaixo dos 5,97% em igual período do ano passado.

Já o resultado acumulado nos últimos 12 meses ficou em 2,8%, superando os 2,7% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro do ano passado, o IPCA foi de 0,18%. A meta do governo em 2017 é manter a inflação em 4,5% ao ano.

Pelo sétimo mês seguido, os alimentos, que representam 25% das despesas das famílias, ficaram mais baratos (-0,38%). Salvador teve a maior queda entre as capitais (-0,26%), graças à queda no preço da farinha de mandioca (-12,24%) e do feijão-carioca (-25,37%). A queda no preço dos alimentos é influenciada pela boa safra de grãos.

Nos últimos 12 meses, a variação acumulada no preço dos alimentos é de -2,32%. Itens de peso no consumo familiar registraram queda: tomate (de 4,88% para -4,64%), frutas (de 0,35% para -2,09%), pão francês (de 0,35% para -0,55%) e carnes (de 0,22% para -0,11%).

Goiânia registrou a maior inflação do país, com alta de 0,96%, seguida de São Paulo (0,58%), Porto Alegre (0,55%), Campo Grande (0,5%) e Brasília 0,46%.

Habitação Os grupos que mais pressionaram a taxa para cima foram Habitação, que, ao subir de 1,27% em relação a outubro, contribuiu com 0,2 ponto percentual de impacto para a taxa global; e Transportes, que, com a alta de 0,52%, respondeu por 0,09 ponto percentual na taxa de novembro.

Habitação foi o grupo de maior impacto, uma vez que a energia elétrica, ao subir em média 4,21%, contribuiu com 0,15 ponto percentual para a variação positiva do mês.

“Em novembro, vigorou a bandeira tarifária vermelha patamar 2, já com a cobrança adicional do novo valor de R$ 5 a cada 100 Kwh consumidos. Em outubro, a bandeira tarifária vigente também era a vermelha patamar 2, porém, o adicional era de R$ 3,50 a cada 100 Kwh consumidos”, ressaltou o IBGE.

Ainda no grupo Habitação, o preço do gás de botijão subiu 1,57%, mais uma vez influenciado pelo reajuste nas refinarias de, em média, 4,5% no gás de cozinha vendido em botijões de 13kg.

O IPCA é calculado pelo IBGE junto às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Goiânia, de Campo Grande e de Brasília.

Meirelles comenta IPCA  Após o IBGE divulgar que o IPCA de novembro caiu, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destacou que a inflação em 12 meses está em 2,80%. Ele lembrou que, em abril de 2016, quando o governo Temer começou, a inflação em 12 meses estava em 9,28%. 

"Tivemos uma forte virada em 2017. Viemos de um período com inflação alta, juros altos e recessão. Agora temos inflação baixa, o menor nível de juros da história e crescimento do PIB e dos empregos. Com as reformas em curso, 2018 será muito melhor", comentou o ministro, em seu perfil no Twitter.