Sem atingir lance mínimo, Amado Bahia não é arrematado em leilão

De acordo com o diretor do TRT5, um segundo leilão será realizado no dia 4 de outubro

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  • Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2017 às 14:57

- Atualizado há um ano

A situação do Solar Amado Bahia segue indefinida. Nesta quarta-feira (2), o imóvel foi a leilão, no entanto, por não atingir o lance mínimo, não foi arrematado. De acordo com o diretor da Coordenadoria de Execução do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5), Rogério Fagundes, o casarão chegou a receber uma proposta de R$ 1,3 milhão, R$ 500 mil abaixo do valor inicial proposto.

"O juiz achou a proposta muito aquém do que o imóvel realmente vale e, por isso, preferiu não se precipitar", contou Fagundes ao CORREIO. Ainda de acordo com o diretor do TRT5, um segundo leilão será realizado no dia 4 de outubro.(Foto: CORREIO) Avaliado em R$ 3,7 milhões, o imóvel teve lance inicial de R$ 1,8 milhão. O motivo do leilão é uma dívida trabalhista da Associação de Empregados do Comércio da Bahia, que desde 1949 ocupa o Solar, com um funcionário.

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Em 1993, o funcionário acionou a associação na Justiça após sofrer uma série de reduções salariais indevidas. “Ele chegou a ser vice-diretor de uma escola que funcionou no casarão, mas teve alguns problemas em relação a pagamentos de horas extras e outras questões trabalhistas. Hoje, a dívida está avaliada em R$ 1,7 milhão”, descreveu Rogério Fagundes.

Segundo Frederico Leitão, tataraneto do comerciante Francisco Amado Bahia, que em 1904 construíu o Solar, o imóvel foi doado à associação para atender a uma função social. “A ideia é que a casa fosse transformada em um hospital que atenderia justamente os funcionários do comércio. No entanto, essa contrapartida nunca foi realizada”, disse.