Sem ponto biométrico, cresce número de faltas dos deputados estaduais

Jairo Costa Júnior, com Luan Santos

Publicado em 17 de novembro de 2017 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Anunciado como prioridade pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ângelo Coronel (PSD), o cerco aos deputados faltosos não foi além do discurso de posse. Pelo contrário, a frequência em plenário caiu após o recesso de julho, em comparação com o primeiro semestre. Nas 59 sessões ordinárias realizadas até junho, foram registradas 327 faltas - média de 5,5 por encontro. Esse índice subiu para 5,9 nas 43 sessões abertas na Casa nos últimos quatro meses, quando foram contabilizadas  253 ausências sem justificativa, segundo levantamento obtido pela Satélite a partir dos dados disponíveis no site do Legislativo. A baixa assiduidade poderia ser revertida com o registro de presença por ponto biométrico, prometido por Coronel para agosto, mas adiado para 2018. Ele atribui o atraso a falhas no sistema. 

Pé no freio “A empresa contratada está fazendo testes e achou erros na identificação das digitais, mas a implantação continua em andamento e a biometria entrará em operação no início do próximo ano”, afirmou Ângelo Coronel.

Rede de arrasto Perto de formalizar a mudança do PP para o PR, o deputado federal Ronaldo Carletto carregará a tiracolo ao menos três parlamentares do atual partido. Um deles é o também deputado federal Roberto Britto. Os outros integram a bancada pepista na Assembleia: Robinho, seu homem de confiança na Casa, e Luiz Augusto. Há ainda tratativas para convencer Aderbal Caldas a entrar no cortejo. Fora do PP, Carletto já acertou o retorno de Reinaldo Braga (PSL) ao PR. A manobra, que inclui o fortalecimento do Pros, faz parte da tática de Carletto na briga por vaga na chapa majoritária do governo ou da oposição.

Dança de cacique Três parlamentares estão cotados para suceder o deputado estadual Leur Lomanto Júnior (PMDB) na liderança oposicionista na Assembleia. As apostas giram em torno de Adolfo Viana (PSDB), Hildécio Meirelles (PMDB) e Luciano Ribeiro (DEM). A mudança de líder em dezembro é fruto do rodízio estabelecido por acordo de bancada. Contudo, coincide com os planos dos cardeais democratas, que querem um representante mais combativo e capaz de atrair os holofotes da imprensa.  A avaliação é de que Leur Júnior é morno demais.

Chega pra lá  O deputado estadual Marcelo Nilo será destituído da presidência do PSL baiano na próxima terça-feira, um dia após expirar o prazo de validade da comissão provisória do partido junto à Justiça Eleitoral. Seu lugar será ocupado pelo secretário-geral da sigla, Antonio Olivio, que antecedeu Nilo no posto. A troca de comando tem como pano de fundo o eventual ingresso da legenda na base aliada ao prefeito ACM Neto (DEM), cujas negociações estão em estágio avançado.

Flerte à vista À caça de um novo partido, Marcelo Nilo mantém conversas com o DEM e sinalizou que pode pular a cerca. Nilo reclama de promessas não cumpridas pelo governador Rui Costa (PT). Em especial, esperava indicar um substituto para Rogério Cedraz na presidência da  Embasa."O governo  fechou os olhos para Frans Krajcberg", Sidelvan Nóbrega, deputado estadual do PRB, sobre o prometido museu em homenagem ao artista plásticoPílula Linha vermelha - A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) vem a Salvador no próximo dia 4 de dezembro para participar do seminário “O Brasil que o povo quer”, organizado pelo diretório estadual do partido. O evento está incluído no pacote de ações  planejadas pela sigla para dar visibilidade à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes da campanha.