Senadores baianos gastaram mais em 2017

Jairo Costa Júnior, com Luan Santos

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  • Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2018 às 08:36

- Atualizado há um ano

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Os gastos dos senadores baianos cresceram quase 10% no ano passado em relação a 2016. O aumento foi três vezes maior do que a inflação acumulada em 2017, de 2,95%. No total, os três integrantes da Bahia no Senado gastaram R$ 790,5 mil da cota parlamentar destinada ao custeio das atividades do mandato deles em 2017, contra R$ 725,6 mil no ano anterior. O líder do ranking é Roberto Muniz (PP), que utilizou no ano passado R$ 288,8 mil.  Lídice da Mata (PSB) foi a segunda, com R$ 277,2 mil no período. Quem menos gastou entre eles foi Otto Alencar (PSD), com R$ 224,4 mil. 

Troca troca O levantamento, feito pela Satélite, leva em conta também os gastos de Walter Pinheiro (sem partido), que ocupou a cadeira de titular até junho de 2016, cedendo lugar ao suplente Roberto Muniz (PP) para assumir a Secretaria da Educação da Bahia. Naquele ano, Pinheiro usou R$ 78,4 mil, enquanto Muniz gastou R$ 188,7 mil de junho a dezembro. Já Lídice, em 2016, utilizou R$ 262 mil, contra R$ 196,3 mil de Otto.

No topo O maior volume de recursos da cota parlamentar utilizados pelos três senadores  baianos em 2017 foi destinado para aluguel de imóveis para escritório político. Nesse  quesito, eles gastaram R$ 241,3 mil. Em segundo aparece locomoção, hospedagem,  alimentação e combustíveis, cujo valor desembolsado foi de R$ 232,1 mil. Com passagens aéreas, aquáticas e terrestres, eles utilizaram R$ 194 mil ao longo de todo o ano passado. Com gastos que não estão inclusos na cota parlamentar, como viagens oficiais e serviços de Correios e compra de materiais, os três senadores do estado usaram, no total,  R$ 193,4 mil em 2017.

Os líderes Cada um dos senadores lidera nesses três quesitos. Roberto Muniz foi quem mais gastou com aluguel de imóvel, com R$ 103,6 mil, seguido por Lídice  da Mata (R$ 94,7 mil) e Otto Alencar (R$ 42,8 mil). No segundo item, Otto aparece em primeiro (R$ 109 mil), com Muniz (R$ 75,3 mil) e Lídice (R$ 47,8 mil) atrás. Quem mais gastou com passagens foi a socialista (R$ 81,5 mil), seguida pelo suplente de Pinheiro (R$ 70 mil) e pelo comandante do PSD na Bahia (R$ 42,5 mil). 

Condição Após anunciar a saída do PRB, o deputado estadual Sidelvan Nóbrega disse que só vai decidir seu destino em março, mas mandou um recado para os interessados: vai seguir ao lado do prefeito ACM Neto (DEM). O Pros, que já procurou o parlamentar,  integra a base governista, mas pode migrar caso avancem as negociações do deputado federal Ronaldo Carletto (PP) para disputar o Senado. Ele diz ter várias opções.   

Voo alto Com quatro vereadores na bancada, o PHS negocia a chegada de mais três integrantes da Câmara Municipal de Salvador. Dois deles são do mesmo partido. As negociações passam pelo comando da legenda na capital baiana. Se as conversas derem resultado, a sigla terá a maior bancada do Legislativo. 

Pílula Pressão - Um grupo de deputados federais baianos planeja iniciar um movimento para que o ex-parlamentar Edson Duarte (PV) assuma o Ministério do Meio Ambiente no lugar de Sarney Filho (PV), que vai deixar o posto para disputar o Senado. Atualmente, ele ocupa o cargo de secretário de articulação institucional da pasta.