Sobrevivente de chacina no réveillon se fingiu de morto para escapar de ataque

12 pessoas de uma mesma família foram mortas pelo técnico de laboratório Sidnei Ramis de Araujo, de 46 anos

  • D
  • Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2017 às 07:27

- Atualizado há um ano

Parentes das vítimas da chacina cometida pelo ex-marido contra a esposa, o filho de oito anos e outras dez pessoas da mesma família voltaram ao local do crime neste domingo (1º) para fazer a limpeza da casa. Eles comemoravam a passagem do ano novo quando o homem chegou ao local atirando. A irmã de um dos feridos contou que ele se fingiu de morto para não morrer. O rapaz passou por cirurgia e se recupera. Segundo testemunhas, o técnico de laboratório Sidnei Ramis de Araujo, de 46 anos, pulou o muro da casa onde acontecia a confraternização e começou a atirar. Ele matou a ex-mulher, o filho de 8 anos e outros parentes. Em seguida, se matou. Outras três pessoas foram atingidas e sobreviveram ao ataque. Elas foram encaminhadas para o Hospital Mário Gatti e Hospital Celso Pierro.Onze pessoas morreram no local do crime (Foto: Reprodução/GloboNews)Antes de cometer o crime, Sidnei escreveu diversas cartas revelando os planos de matar a família. Os textos, um direcionado ao filho e o outro, a uma namorada, haviam sido enviados para amigos antes do crime e foram obtidos e divulgados pelo jornal Estado de S. Paulo. Em uma das cartas, ele chegou a escrever que iria " levar o máximo de pessoas daquela família comigo". "Não tenho medo de morrer ou ficar preso, na verdade já estou preso na angustia da injustiça, além do que eu preso, vou ter 3 alimentações completas, banho de sol, salário, não precisarei acordar cedo pra ir trabalhar, vou ter representantes dos direito humanos puxando meu saco, tbm não vou perder 5 meses do meu salário em impostos", diz parte do texto.