Superintendente de Inteligência da SSP-BA está na lista de alvos da Polícia Federal

Por Jairo Costa Júnior, com Luan Santos

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 07:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

O superintendente de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Rogério Magno de Almeida Medeiros, está na lista de alvos da Operação Vortigern, deflagrada mês passado pela Polícia Federal por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em 7 de julho, agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão na residência de Medeiros, situada em Alphaville, como parte de um inquérito sigiloso aberto no STJ para apurar vazamentos de informações no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ). No mesmo dia, os policiais vasculharam também salas da Corte e o gabinete de, ao menos, um desembargador investigado por suspeita de vazar votos de relatores sobre processos antes do julgamento, supostamente em troca de vantagens pessoais obtidas junto a interessados na ação. Pela lei, a decisão de um relator fica em segredo, mas é antecipada aos magistrados do TJ para que conheçam detalhes do caso antes de julgá-lo. Os mandados foram expedidos pelo ministro Og Fernandes, responsável pela Vortigern no STJ. Como a investigação corre sigilosamente, Fernandes não citou o motivo do cerco a Medeiros.                

Caixa-preta A ação da PF contra Rogério Magno Medeiros foi revelada ontem pelo deputado estadual Soldado Prisco (PPS). Em requerimento protocolado na Mesa Diretora da Assembleia, Prisco cobra esclarecimentos da SSP sobre as buscas na casa do superintendente de Inteligência, a quem cabe coordenar as interceptações telefônicas. As escutas realizadas pelo setor em investigações criminais da Polícia Civil foram consideradas ilegais pelo Ministério Público Federal, que ajuizou ação contra a SSP em março."A ponte cheira a sonho requentado para Rui servir em véspera de eleição", José Carlos Aleluia, deputado federal do DEM da Bahia, sobre a ponte Salvador-Itaparica, apontada como o objetivo principal da viagem do governador Rui Costa (PT) à ChinaDupla militância A consultoria prestada aos vereadores de oposição pelo procurador de Justiça Wellington César Lima e Silva causou mal-estar na ala do Ministério Público estadual (MP)  contrária ao uso do órgão para disputa política. Chefe do MP de 2010 a 2014, Silva ajudou a bancada a elaborar a queixa-crime apresentada ontem contra o prefeito ACM Neto (DEM), mesmo atuando em uma esfera que prega a independência.

Sinuca de bico Relator da reforma da Previdência, o deputado federal Arthur Maia (PPS) diz que o Congresso tem dois caminhos: mudar a aposentadoria  agora ou aprovar ao menos três ajustes fiscais até as eleições de 2018. “Os parlamentares da base terão que escolher se disputam a reeleição com o governo falido ou fazem o que é necessário”, disse. Maia ainda alfinetou colegas que defendem a votação da reforma após a sucessão: “Para mim, é o cúmulo da falsidade, estelionato eleitoral. É preciso ser sincero com as pessoas”.

Pá de cal Políticos baianos com trânsito livre no Planalto garantem que o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, está blindado pelo presidente Michel Temer.  Em conversas reservadas, afirmam que a ofensiva do Centrão pelo cargo do tucano nasceu a caminho da cova.

Pílulas

Outra conta Aprovado na comissão da reforma política, o distritão mudaria a composição da Assembleia Legis- lativa e da bancada baiana na Câmara caso fosse adotado em 2014. Entre os estaduais, quatro deputados não  teriam sido eleitos pela soma dos votos totais: Janio Natal (Podemos), Fabíola Mansur (PSB), Zó e Bobô (ambos do PCdoB). No lugar, teriam entrado Bira Coroa (PT), Antonio Elinaldo (DEM), Mirela Macedo e Temoteo Brito (PSD).

Na rabeira  Na Câmara, só  Uldurico Junior (PV) não teria sido eleito deputado federal  pelo distritão - e sim, Fernando Torres (PSD). O modelo também alteraria a posição das suplências, já que a vaga não ficaria para coligações ou partidos. Os mais votados por ordem numérica teriam direito ao mandato.