Suspeitos de atear fogo a ônibus no IAPI e na Calçada são presos

Eles teriam agido a mando do traficante Osmar Santos Souza, 37, que conseguiu fugir

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  • Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2017 às 13:33

- Atualizado há um ano

. Crédito: Gerrc/Divulgação

Quatro suspeitos de atear fogo a dois ônibus no IAPI e na Calçada foram presos nesta quinta-feira (31) pelo Grupo Especializado de Repressão a Roubos de Coletivos (Gerrc). João Vitor Teles dos Santos, 20 anos, Robson da Conceição, 34, Amanda Marina Santos Farias, 21, e Roberto Sacramento Nogueira, 42, foram detidos com cocaína, maconha, celulares roubados e uma vasilha com gasolina, segundo a polícia. Os agentes do Gerrc estavam investigando os casos desde que os ônibus foram depredados, no dia 28, na localidade do Milho e na Avenida Nilo Peçanha.

Segundo a investigação, o grupo ateou fogo aos ônibus em retaliação à ação de outra facção, que matou Jean Carlos dos Santos Cardoso. Eles teriam agido a mando do traficante Osmar Santos Souza, 37, que conseguiu fugir do cerco policial no Beco do Sabão, no IAPI.

Todos os quatro presos já têm passagem na polícia por roubo e tráfico de drogas. Eles foram levados à sede do Gerrc e autuados em flagrante por associação criminosa, tráfico e associação ao crime, além de dano qualificado.

Tráfico na região Horas depois da morte de João Carlos dos Santos Cardoso, o Jota Carlos, 30 anos, no bairro do IAPI, na manhã de segunda-feira (28), outra troca de tiros, no bairro vizinho da Liberdade, resultou no assassinato do mecânico Diogo Oliveira Batista, 26. 

A morte de Jota Carlos é apontada como motivação para o o incêndio a um ônibus próximo à localidade do Milho, no IAPI. Conforme a Polícia Civil, ele já havia sido preso por tráfico de drogas em 2012 e tinha envolvimento com a criminalidade naquela região. Outro ônibus foi incendiado na Calçada, por volta de 22h, possivelmente em represália à morte de outro homem, ainda não identificado, em confronto com a PM, às 16h, na mesma região.   Já Diogo, segundo a polícia, foi morto por volta das 18h, após trocar tiros com rivais na Rua São Domingos. Ainda não há evidências de que a morte dele também tenha motivado uma das queimas de coletivos. O mecânico chegou a ser socorrido por uma guarnição da Polícia Militar para o Hospital Ernesto Simões, no Largo do Tamarineiro, mas já chegou morto à unidade de saúde.

Na terça, fontes da polícia disseram ao CORREIO que depois de atearem fogo ao ônibus, o grupo de encapuzados correu para vielas que dão acesso à localidade do Milho, onde há uma aliança entre a facção Comando da Paz (CP) e um grupo denominado de Ordem e Progresso (OP), comandado por um traficante conhecido como Coruja, ex-integrante da facção Caveira. 

“Com essa aliança, não sabemos se o Jota Carlos pertencia a CP ou a OP”, disse um policial, sem se identificar.

Já o major Edimilson Reis afirmou que a região da Liberdade “tem quadrilhas que brigam entre si”, e que tomou conhecimento de Jota Carlos há 15 dias. 

“Estou no comando da unidade há três anos e só agora tivemos notícias dele. Há 15 dias, prendemos três homens com droga ligados a ele e que vieram da Ilha de Itaparica. Logo em seguida, recebemos ligações da comunidade dizendo que Jota Carlos tinha retornada e que voltar a instalar o pânico na região”, comentou o major Reis.