TCU aponta sobrepreço de R$ 83 milhões em corredores de ligação com metrô 

Jairo Costa Júnior, com Luan Santos

Publicado em 24 de outubro de 2017 às 07:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) identificou indícios de sobrepreço no valor de R$ 83,6 milhões em duas obras de mobilidade urbana realizadas pelo governo do estado em Salvador. As suspeitas foram detectadas durante análise de contratos para a construção dos chamados Corredores Estruturantes, Alimentadores ou Transversais I e II, projetados para integrar áreas da cidade ao sistema de metrô e financiados com recursos federais da Caixa Econômica. No primeiro, que ligará as avenidas Pinto de Aguiar e Gal Costa, o sobrepreço está estimado em R$ 43,9 milhões. Já no segundo, que cruza as avenidas Orlando Gomes e 29 de Março, as irregularidades apontadas na auditoria somaram R$ 39,7 milhões. 

Barreira liberada   Em 12 de abril, o plenário do TCU referendou a decisão do relator do processo, ministro Augusto Sherman, e determinou à Caixa o bloqueio de  repasses para os contratos do governo baiano com o Consórcio Transoceânico e a OAS, respectivamente, responsáveis pelos corredores I e II. No entanto, a medida foi barrada por ordem da Justiça em São Paulo e no Distrito Federal.   

Segundo aperto Em novo acórdão publicado ontem, os ministros do TCU rejeitaram os recursos apresentados contra a decisão que determinou o bloqueio de recursos para as duas obras de mobilidade, até julgamento final pela Corte. No despacho,  os membros do tribunal consideraram haver elementos que indicam eventual sobrepreço nos contratos. Contudo, informaram que a retenção de verbas continua suspensa judicialmente.     

Bloco dos ausentes A dois meses do fim do ano, o deputado federal Irmão Lázaro (PSC) segue liderando o ranking dos mais faltosos entre os parlamentares baianos em 2017, segundo levantamento feito pela Satélite no portal da Câmara. Em segundo e terceiro,  estão Sérgio Brito (PSD), e Márcio Marinho (PRB). Das 94 sessões em plenário, eles registraram, pela ordem, 42, 39 e 29 faltas. Bebeto Galvão (PSB), com 25, e Claudio Cajado (DEM), com 23, completam a lista dosmais ausentes. Brito,  no entanto, tem o maior número de ausência sem justificativa, com 17. O único com 100% de presença é Valmir Assunção (PT). Bacelar (Pode) apresenta só uma falta; Félix Mendonça Júnior (PDT) e Nelson Pelegrino (PT), duas.

Volta ao balcão Após desistir da reeleição em 2018, o deputado estadual Gika Lopes (PT) vai se dedicar somente a refazer seus negócios em Serrinha. Ex-vice-prefeito da cidade, Gika conta que fechou duas de suas seis lojas a partir de 2015, quando assumiu o mandado. “O que engorda o boi é o olho do dono. Perdi quase 40% da clientela. Não estou fazendo bem  nenhuma das duas coisas - política e comércio”, afirmou.

Pista dupla A troca no comando estadual do Pros pode levar à saída do ex-presidente Fabrício Figueiredo da legenda. Substituído semana passada por Vivaldo Gois, ex- assessor do deputado federal Ronaldo Carletto (PP), Figueiredo foi convidado para assumir um cargo na direção do Avante ou para se filiar ao PP."Eu não sei o que o governador tem contra dois momentos tão importantes na vida da pessoa: formatura e casamento", Paulo Souto, secretário municipal da Fazenda,  ao ironizar  Rui Costa, que criticou o novo Centro de Convenções anunciado pelo prefeito ACM NetoPílula Cuia na mão - Os prefeitos baianos vão pedir a liberação de R$ 4 bilhões do governo federal para fechar as contas deste ano. O apelo será feito à bancada do estado no Congresso, em reunião marcada para depois de amanhã.