The Killers recuperam a boa forma dos seus primeiros trabalhos

Por Hagamenon Brito

  • D
  • Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2017 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Desde que surgiu em 2004 com o álbum Hot Fuss, a banda americana The Killers mantém-se coerente com a estética grandiloquente e luminosa da sua cidade natal, Las Vegas, com uma sonoridade pós-garage rock para embalar multidões em grandes arenas e uma assumida influência de bandas britânicas dos anos 1980 e, também, do Chefão  Bruce Springsteen. The Killers lançam Wonderful Wonderful e se apresentam no Lollapalooza Brasil, em março de 2018 (foto/Anton Corbijn/div.) Após o irregular Battle Born (2012), o seu trabalho mais frágil, The Killers voam alto de novo com Wonderful Wonderful (Universal Music), o quinto e bom álbum de estúdio. Para isso, chamaram o produtor Jacknife Lee, colaborador do U2, Weezer e R.E.M.  Jacknife Lee tentou e conseguiu conciliar o apelo do rock’ n’roll de estádio, mas sem soar redondinho demais, com a crueza dos primeiros álbuns (especialmente, Sam's Town, de 2006) e o equilíbrio entre os refrões ganchudos e o apelo à dança.

Em um repertório com 10 canções, faixas como The Man (com ótimo groove), Run for Cover (com inspiradas guitarras pós-punk) e Tyson vs Douglas (referência à luta de 1990 em que Mike Tyson, até então campeão invicto, foi nocauteado por Buster Douglas), provam que The Killers recuperaram a boa forma. Uma curiosidade é a música que fecha o álbum, Have All The Songs Been Written?,  com participação especial do veterano e grande guitarrista Mark Knopfler (Dire Straits). Balada intensa e triste, a canção nasceu durante uma conversa entre o vocalista Brandon Flowers e Bono (U2), numa fase em que o líder dos Killers estava vivendo um bloqueio criativo. Ao ser perguntado se “todas as canções já tinham sido escritas”, o rock star irlandês respondeu que a frase daria um bom título de música.

E, além das boas canções, The Killers seguem com o trunfo de ter o melhor vocalista de sua geração, Brandon Flowers, espécie de Freddie Mercury (1946-1991) do século 21.

Veja o videoclipe de The Man

A pólvora acústica de Ian Lasserre O cantor e compositor baiano Ian Lasserre, 30 anos, estreia bem em álbum com Sonoridade Pólvora, pelo selo sueco Abaju Records, que já lançou o trabalho na Alemanha, Japão e Suécia. Em oito canções marcadamente acústicas, Ian, que também toca violão, apresenta arranjos minimalistas e letras sobre um caminhar e um navegar por estradas e águas salgadas e doces (a bonita Velho Chico River Blues). Outros destaques são Recado, com influência do samba bossa-novista; a mântrica Maré, com sutil atabaque; e a faixa-título, de arabesca melancolia. Ian sabe dar cara própria as suas referências musicais.

Ouça Maré

Top 3 - Mais Quentes da Semana

1 - Videoclipe/Fergie:  A cantora Fergie em Love is Pain, baladona com ótima guitarra que ganha vídeo à altura dirigido por Nina McNelly.

2 - Show/Maglore: Maglore lança o álbum Todas as Bandeiras no Teatro Castro Alves, amanhã, 21h. Ingressos: R$ 40 | R$ 20. 3 - Scream/MJ: A coletânea Scream, de Michael Jackson, sai sexta com 13 faixas dançantes, como Dirty Diana e Thriller.