Três ideias pra enforcar o feriado de 1 de maio a partir de R$ 350

Pra turistar no feriadão no precinho tem duas dicas na Bahia e uma no Nordeste

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  • Victor Villarpando

Publicado em 16 de abril de 2018 às 19:05

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Primeiro de maio vem aí e cai numa terça-feira. O comichão de viajar anda de mãos dadas com possibilidade de emendar um feriadão. Pensando nisso, pedimos à plataforma de buscas Kayak para apontar o destino mais barato para ir de avião dentro da Bahia (Ilhéus) e o mais em conta em outro estado (Maceió).

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Para quem quer passar longe do aeroporto, sugerimos um rolé pelo Recôncavo. Pegue as dicas e faça seus planos logo, as informações foram apuradas na última sexta!

Cachoeira o Convento de Santo Antônio do Paraguaçu, na vila de São Francisco do Paraguaçu (Foto: Victor Villarpando) Porque é massa Com casarões coloniais e debruçada sobre o rio Paraguaçu, é a principal cidade turística do Recôncavo. As ruas guardam memórias da luta pela independência da Bahia. E delícias que vão além da típica maniçoba, como o Hórus Bistrô (Rua Monsenhor Tapiranga, 5, Centro), do egípcio Moheb Gabr.

O Hawashi (sanduichão com pão sírio, carne, queijo e especiarias) sai a R$ 35. Vale ainda provar o centenário licor de Roque Pinto, que tem no cardápio sabores como cajá e tamarindo, a partir de R$ 8 (R. Rodrigo Brandão, 16, Centro).

A cidade vizinha de São Felix é quase uma extensão, ligada pela ponte imperial D. Pedro II, de 1885. Lá, visite a casa de Hansen Bahia.

Casa de Hansen Bahia A casa-museu onde moraram os artistas Hansen Bahia e Ilse Hansen é magnífica. Ampla, com mobiliário preservado e cheia de objetos antigos e obras de arte, é uma viagem no tempo. Há embalagens de cosméticos dos anos 70 e livros com capas artísticas super bem conservados. A casa-ateliê de Hansen Bahia: viagem no tempo e instrumentos do artista (Foto: Victor Villarpando) O ateliê guarda ferramentas e a vista do quintal é maravilhosa: Cachoeira, o Rio Paraguaçu e São Félix, do alto. Ele era um artista alemão radicado por aqui no pós-guerra. Mestre em xilogravura, expôs em várias partes do mundo. Ela era pintora. O casal se conheceu na quinta Bienal de São Paulo. A casa fica na Ladeira Santa Bárbara, 13, em São Félix.

Se estiver de carro, vale pegar a Rota da Liberdade, por territórios remanescentes quilombolas, e conhecer o Convento de Santo Antônio do Paraguaçu, na vila de São Francisco do Paraguaçu.

São Francisco do Paraguaçu O lugar ganhou fama ao servir de cenário da novela Velho Chico (TV Globo). Mas o lugar, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), tem muito mais história. Datado de 1686, foi o primeiro convento estabelecido no Brasil após a independência da custódia religiosa de Portugal. E o segundo a ser construído pelos franciscanos no país. A gravação da Globo deixou o altar cenográfico de herança (Foto: Victor Villarpando) Dá pra ver o cemitério, a senzala e até o altar global, que foi doado à igreja. É quase todo de plástico, papelão e papel alumínio. De longe parece mármore colorido. O que restou dos azulejos é bonito de ver. “Tudo foi construído com óleo de baleia e calcário. São 3.815 metros quadrados de área construída. Além de noviciado, isso aqui já foi hospital. E até Frei Galvão morou aqui um tempo. Funcionou por quase 2 séculos e passou uns 100 anos fechado”, conta Antônio Gonçalves Garcia, nascido no povoado e guardião das ruínas.

O zelador faz as vezes de guia e dá pra visitar de segunda a sexta-feira, de 7h às 16h, salvo exceções. Vale ligar pra confirmar se ele estará lá na hora planejada (71 99627-4329).  A entrada custa R$ 10 por pessoa. Como não aceita cartão, melhor levar o dinheiro já trocado. Tem um bar no porto, onde as águas calmas pedem um mergulho. Antes de chegar lá, um barzinho familiar vende geladinho da fruta por R$ 1. É bom demais, compre logo uns 10. Fica no fim da BA 880, a cerca de 40 km de Cachoeira. A fábrica de licores de Roque Pinto (Foto: Victor Villarpando) Como chegar A viação Santana tem 17 opções diárias saindo de Salvador. A ida demora cerca de 2 horas e custa R$ 26,48. A volta tem o mesmo preço e é mais breve: 1h50. De carro, são 218 km (ida e volta) mais R$ 11,60 de pedágio. Para quem tem carro: em cinco, fica menos de R$ 20 para cada. A partir de Salvador, é bem simples: é só seguir 59 km pela BR-324 até o entrocamento da BA-026, que leva a Santo Amaro da Purificação, município vizinho a Cachoeira. Do entrocamento até Santo Amaro são 11 km e de lá até a cidade são mais 40 km. A região dos quilombos fica no meio do caminho.

Onde ficar A Pousada Identidade Brasil é a mais charmosa. Um quarto de casal de sábado (28) a terça (1º), no Booking.com, estava por R$ 588, já com o fabuloso café da manhã. Mais simples, o Cachoeira Apart Hotel fica por R$ 315, também com café. No Airbnb, só o quarto sai a R$ 238.

Ilhéus A fazenda Riachuelo abriga a fábrica da Mendoá (Foto: Divulgação) Porque é massa Uma das maiores produtoras de cacau do Brasil, é responsável por mais de 150 mil toneladas por ano. Isso representa cerca de 60% do cacau produzido no país. A cidade, mundialmente conhecida pelos romances de Jorge Amado, tem na Estrada do Chocolate fazendas que mostram o processo de coleta e preparo da semente, incluindo a degustação.

É o caso da fazenda Riachuelo, que data de 1855 e abriga a moderna fábrica dos chocolates Mendoá. No trecho do caminho que vai de Ilhéus a Uruçuca, há ainda as fazendas Almada, Provisão,Riachuelo e Leão de Ouro.

Como chegar O voo Salvador-Ilhéus tem duas opções diárias: Avianca e Azul. O trajeto dura 50 minutos e o preço médio de ida+volta, no Kayak, é de R$ 536. De ônibus, são sete opções todo dia. No semileito, que sai à noite e chega de manhã em pouco menos de oito horas, o trecho é R$ 138,99.

Onde ficar No Village Paraíso Perdido, nota 9 no Booking.com, de 28 ao dia 1º fica R$ 270 para o casal.

Maceió A praia de Jatiúca é uma das mais conhecidas de Maceió (Foto: Divulgação) Porque é massa Com piscinas naturais formadas por imensas barreiras de corais, Maceió tem 40 quilômetros de orla com águas azuis cristalinas. As praias mais conhecidas são Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca. Melhor ficar perto delas.

O passeio de jangada até as piscinas de Pajuçara custa, em média, R$ 25 por pessoa. O barco atravessa dois quilômetros e chega nas piscinas naturais - que ficam literalmente no meio do mar - em dez minutos. Melhor ir quando a maré estiver baixa, para conseguir ver os peixinhos coloridos.

O aluguel do snorkel custa R$ 10, mas se você tiver um, é só levar, assim como os comes e bebes, já que na orla tem vários supermercados. Bares flutuantes servem petiscos e bebidas de R$ 5 a R$ 30. Um passeio lá perto e incrível é a Ponta do Gunga, que fica a 40 quilômetros da capital alagoana. O destaque vai para as piscinas naturais e para o encontro do mar com a Lagoa do Roteiro, com águas mornas no raso e geladas no fundo.

Como chegar Só há um voo direto de Salvador para Maceió. Ele dura 1 hora e 10 minutos e é diário. A média de preço encontrada no Kayak foi R$ 493,05. De carro, são 581 km, ou 8 horas e meia dirigindo, segundo o Google Maps.

Onde ficar De 28 a 1º, noProxima Estación Hostel, duas pessoas em quarto reservado com banheiro privativo pagam R$ 175,50. O mesmo período no Hotel Porto Jatiuca sai a R$ 712,80. Com café da manhã.