Uma chance para se reerguer

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 05:13

- Atualizado há um ano

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A derrota para Conor McGregor, no final de 2015, já parecia ter tirado um pouco do tesão de lutar de José Aldo. Naquele mesmo período, o manauara já preparava seu futuro fora do octógono. Sua hamburgueria - que vai muito bem, obrigado - inauguraria a primeira das atuais seis filiais em janeiro do ano passado.

Os 13 segundos entre o soar do gongo e o momento em que sua cabeça bateu no chão do octógono pareciam ter feito esvair qualquer vontade de retomar o caminho que ele havia construído. Aldo chegou a “se aposentar”, voltou atrás, foi campeão interino ao bater Frankie Edgar e virou campeão linear com a subida de McGregor para os leves.

A nova derrota neste ano, em casa, para Max Holloway, dava sinais de que o brasileiro lutaria no automático até o final do contrato com o UFC. Faria, no dia 16, sua primeira luta sem valer título – seja com detentor ou desafiante – desde 2009, contra Ricardo Lamas. Mas o destino sorriu e tirou Edgar da luta pelo cinturão dos penas, agora de posse de Holloway.

Não é todo dia que essas oportunidades aparecem, ainda mais para Aldo, que, tantas vezes, esteve do outro lado, sendo o cara que deixava combates por lesões. Assim, parece que o inesperado trouxe de volta uma sede de lutar do brasileiro.

Aldo é inteligente e sabe que Holloway é um desafio duro. Bem mais alto, queixo duro, bom preparo físico e qualidade no chão e em pé. É completo. Ao mesmo tempo, o manaura tem a consciência que venceria a luta ocorrida há seis meses. Aldo havia sido melhor nos dois rounds até ser nocauteado pelo havaiano, após uma sequência de golpes no ground and pound. 

O importante é que não haja surpresas. Escrevo isso porque, em junho, o brasileiro teve um problema na perna e não usar, talvez, o que seria uma de suas principais estratégias dentro da luta: chutar Holloway. Amanhã, em Detroit, Aldo terá a chance de retomar o cinturão e dar um grande passo para colocar seu nome entre os melhores da história de maneira indiscutível. 

Para o Brasil, vale muito, já que talvez o maior ídolo do país no MMA, Anderson Silva, colocou sua credibilidade debaixo do tapete após ser pego pela segunda vez em exame antidoping. Aí, Aldo pode ficar tranquilo e voltar a pensar em carne moída, pão e queijo de boa. Deu até fome, viu?

Série A Bahia e Vitória entram na rodada final da Série A com objetivos distintos. Ao tricolor, um milagre daqueles para conquistar uma vaga na Libertadores. Para o rubro-negro, a chance de não dar o final de ano que, durante o 1º turno, parecia certo: o rebaixamento.

Mesmo que conquistem esses objetivos – oxalá! -, é um ano para ser bem refletido. No Bahia, as decisões no futebol durante o Brasileiro quase levaram o clube a um sofrimento desnecessário. A chegada de Paulo Cézar Carpegiani trouxe o time ao lugar em que ele se mostrava capaz no início da competição e a Libertadores pode até ser um passo além da capacidade atual do clube. Asfaltar o caminho com boas campanhas da Copa do Brasil e/ou Sul-Americana parece o ideal para se preparar para voos maiores.

Para o Leão, a lição é que o aspecto político tem interferência direta no campo e que não dá para contratar tanto sem critério. O torcedor rubro-negro sofre desde maio, tendo alegrias efêmeras durante a Série A. Que um triunfo domingo traga a tranquilidade seis meses depois e provoque um reflexo até o início da nova temporada.

Ivan Dias Marques é subeditor de Esporte e escreve às sextas-feiras