Vai viajar sem seu pet? Quer levá-lo para a ceia? Confira dicas

Veja o que cães e gatos podem comer da ceia e confira lista de onde deixá-los hospedados caso vá viajar

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  • Daniel Silveira

Publicado em 23 de dezembro de 2017 às 08:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Ilustração de Morgana Miranda

A mesa farta de fim de ano pode tentar bichinhos que estejam de saco cheio da ração ou donos que desejem compartilhar o momento e a comida com os filhos de quatro patas. Se for seu caso, nem pense. “Nada de alimentar os pets com a ceia”, alerta o cardiologista veterinário Marcus Reis. A casa cheia e o fluxo intenso também podem irritar. “Daí tem o risco de fuga”, lembra Marcus. Outro ponto que pode causar estresse são as viagens. Alguns não têm condições de ir com os donos, mas continuam precisando de atenção. Para resolver esses pepinos, conversamos com pet sitters, profissionais que tomam conta de animais. Confira soluções para questões comuns nesta época do ano. Ilustração Morgana Miranda Na ceia

Não divida - Por mais que seja tentador, tanto para os bichinhos quanto para os donos, nada de compartilhar a ceia. De acordo com o veterinário cardiologista Marcus Reis esse é o maior perigo nas festas de final de ano.  “Tem que manter a alimentação normal do pet. Muitos alimentos são tóxicos para eles”, conta Marcus. O profissional chama atenção principalmente para os chocolates. “Outras coisas proble- máticas são uvas passas e algumas castanhas, como a macadâmia. Tem também o caroço da ameixa e, claro, o álcool”, comenta a veterinária Ingrid Stein.

Soluções - Quem quiser variar a alimentação do bichinho durante os festejos, uma saída é preparar receitas naturais. A refeição pode incluir arroz integral, uma proteína e vegetais misturados. Dá também para comprar pronto em fornecedores como o Pet Natural (@petnatural), o Pet Food (@anpetfood) e o Cuisine du Pet (@cuisinedupet). Esse último oferece até uma ceia feita especialmente para os pets. São 300g de comida, que tem peru com ervas, arroz com lentilha e uma salada natalina. Para arrematar, tem 300 ml de espumante preparado só para os bichinhos (71 99989-2513).

Viagem

Não tem problema - Se não pode levar o seu animal nem tem com quem deixar, dá para contar com serviços de hotéis e pousadas para pets. Uma delas é a Pousada Canina Vacilou Ficou (fb.com/PousadaCaninaVacilouFicou) que fica em Lauro de Freitas. O local é administrado por Gustavo Gribel, que, apaixonado por cães e sem ter com quem deixar os seus quando viajava, resolveu oferecer o serviço em sua própria casa.  Ele construiu alguns canis no fundo do terreno e atualmente pode receber até 40 animais, apenas cães, com exceção de machos de grande porte não-castrados. “Às vezes eles querem disputar terreno e causam brigas”, diz o empresário, que cuida dos bichos sozinho e evita esse perfil  porque eles não ficam presos. Antes de serem recebidos, os pets passam por uma triagem. “Quando a pessoa me liga, eu faço uma entrevista com ela para saber qual a idade, se toma remédio, se é saudável, vacinado... Na chegada recebem remédio para prevenir pulga e carrapato”, explica.

Gatinho - Para os bichanos também tem opção, mesmo sendo bem mais estressante tirá-los do lar. “Eles são muito territorialistas, então é mais difícil levá-los em viagens ou deixar em hotéis porque demoram de se adaptar”, conta a cat sitter Annie Andrade (@meninadosgatos, no Instagram). Ela conta que conheceu o serviço quando morou nos Estados Unidos, onde fazia intercâmbio. “Quando voltei para o Brasil, adotei meu primeiro gato e comecei a oferecer esse trabalho”, explica. O esquema é simples: Annie visita o felino, fica uma hora com ele, brinca um pouco, troca a comida, a água e limpa a caixa de areia. “No final, mando fotos e vídeos para os tutores”. Não importa a quantidade de gatos, o valor é cobrado por visita, que custa entre R$ 40 e R$ 60.

Internet - Nas redes sociais dá para encontrar cuidadores. Basta usar a DogHero (@dog.hero no Instagram),  rede que funciona por site e aplicativo. Para hospedar seu pet, os tutores devem responder um cadastro. Depois usam filtros de perfil. “Dá para escolher entre casa ou apartamento, selecionar o tamanho da área e se a pessoa aceita cão ou gato”, conta Eduardo Baer, CEO da empresa. O cliente pode acessar o perfil do anfitrião, ler avaliações e entrar em contato por chat ou marcar uma visita. “É sensacional poder escolher um lar parecido com o meu para hospedar minha cachorrinha”, conta Paula Neves, que é cadastrada como cliente e anfitriã.  “Durante a viagem recebia vídeos e fotos de tudo”, relembra. Os valores são negociados entre o cliente e o anfitrião e custam, em média, entre R$ 30 e R$ 60, por dia, sendo que 25% vai para a empresa e é tudo feito por cartão de crédito ou boleto.

Atenção na festa

Decoração - Enfeites natalinos podem ser um perigo. “As luzes podem causar choques elétricos. E eles podem ainda ingerir os enfeites menores”, alerta Ingrid. A veterinária também chama atenção para aqueles que podem quebrar e ferir os animais.

Lembre do remédio - Marcus conta que é muito comum, em momentos de festa, que as pessoas esqueçam de dar os medicamentos na hora certa.

De olhos nos fogos - É um dos maiores problemas da época, principalmente para cães, que costumam ser mais sensíveis a barulhos. “Aconselho que eduquem os animais a associar o barulho com momentos de prazer”, conta Ingrid. Ela diz que os donos podem estourar balões e a cada estouro fazer carinho no pet e servir um petisco. “E na hora da queima de fogos, faz o mesmo”, sugere ela. Outro conselho é abraçar o animal. “Ele vai se sentir protegido”, conta. “Ou você pode botar uma roupinha mais apertada nele, dá sensação de proteção”, completa a veterinária. Se continuarem agitados, nada de medicações. Ambos os veterinários aconselham florais e muito carinho.

Olha o fujão - Atenção redobrada: mesmo que os animais sejam tranquilos, o estresse pode fazer com que eles fujam. O ideal é ficar de olho. “Para acalmar os gatos, lembre de ter um cantinho para ele, apesar deles sofrerem menos por serem menos estressados por natureza”, completa.