Vigilantes e seguranças fazem protesto no Iguatemi: 'querem nos escravizar'

A categoria está no sétimo dia de greve e por conta da paralisação agências bancárias seguem sem funcionar em Salvador

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  • Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2017 às 09:02

- Atualizado há um ano

Um grupo com cerca de 70 vigilantes e seguranças se reuniu na manhã desta terça-feira (30) na região do Iguatemi para protestar contra a proposta dos empresários na campanha salarial deste ano. A categoria está no sétimo dia de greve e por conta da paralisação agências bancárias seguem sem funcionar em Salvador. Foto: Tailane Muniz/CORREIOA manifestação começou por volta das 7h, em frente ao Shopping da Bahia, e não interferiu no trânsito da região. Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Estado da Bahia, José Boaventura, a reivindicação é pelo reajuste salarial de R$ 1.002 para R$ 1.500, além da cota para mulheres em todos os cargos.

Ainda de acordo com Boaventura, os empresários ofereceram 1% de aumento - proposta considerada "indigna" pelos trabalhadores. "Eles insistem em hora extra e que, durante a folga, a empresa tenha permissão para chamar o funcionário. Isso é inegociável. Nós tratamos essa proposta como uma tentativa de nos escravizar", disse. O grupo pretende manter a mobilização até o início da tarde quando, por volta das 13h, iniciarão uma caminhada até a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE/BA), no Caminho das Árvores. Lá está marcada a nona rodada de negociações entre os trabalhadores e empresários e assim definir os rumos da greve.O secretário de comunicação do sindicato, Jeferson Fernandes, lembra que as negociações começaram em fevereiro. "Nós estamos pleiteando que nossa base salarial saia de R$ 1.002 e seja fixada em R$ 1.500, mais aumento de 7%, além de tíquete alimentação de R$ 20. Atualmente, ganhamos R$ 12,50", disse ele, acrescentando que os trabalhadores exigem, ainda, que 30% dos cargos sejam ocupados por mulheres.

Em Salvador são cerca de 12 mil vigilantes - atuando em agências bancárias, escolas, shoppings, museus e outros estabelecimentos. "Aguardamos uma proposta digna, porque o que eles ofereceram até agora foi 1% de aumento salarial. A gente não aceita", completou Fernandes. Segundo ele, os patrões pretendem acabar com a escala de 12h de trabalho e 36h de folga. "Um absurdo. Nosso trabalho é cansativo, como vamos descansar? Não tem como aceitarmos isso. Também falaram em fazermos hora extra, quer dizer, é desumano", completou.