Virada Salvador: praia da Boca do Rio não é recomendada para banho

Desde 2015, a praia é considerada imprópria pelo relatório do Inema

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  • Rafaela Fleur

Publicado em 28 de dezembro de 2017 às 07:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Max Haack/ Divulgação Secom PMS

Banho de mar na noite de Ano-Novo é tradição. Porém, quem for curtir o Festival Virada Salvador este ano deve pensar bem antes de botar o pé na água. Apesar de o evento - que começa hoje - acontecer ao lado da praia da Boca do Rio, a recomendação do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) é de que o público do festival não entre no mar.   

O boletim emitido pelo instituto, na última sexta-feira (22), enquadra a praia da Boca do Rio como imprópria para banhistas. E não é de agora: desde 2015, em todos os relatórios, a área foi considerada inadequada.    Emitido semanalmente, o balanço considera a praia imprópria quando mais de 20% das amostras coletadas em cinco semanas consecutivas apresentam resultado superior a 1 mil coliformes fecais ou 800 Escherichia coli, ou quando, na última coleta, o resultado for superior a 2,5 mil coliformes termotolerantes ou 2 mil Escherichia coli ou 400 enterococos por 100 mL de água.

Segundo a Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar), o mar também deve ser evitado devido ao grande fluxo de pessoas presentes. Além disso, a ingestão de bebidas alcóolicas pode resultar em afogamentos. O prefeito ACM Neto também reforçou o alerta. "O mar aqui é batido. Não dá para combinar bebida com natação. O desejo é que as pessoas tenham o mar como espaço de contemplação", declarou Neto. 

Para evitar acidentes, a Salvamar estará a postos em tempo integral durante os cinco dias do Festival Virada Salvador. “Serão 30 guarda-vidas envolvidos. Teremos jet skis, pranchões e equipamentos de salvamento”, alega Rui Silva, chefe de treinamento da Salvamar. 

De acordo com Rui, as medidas são preventivas, já que, nos últimos anos, não foram registrados acidentes naquela área. “Estamos com o mar tranquilo e ele deve permanecer assim, mas nada impede que ocorram mudanças climáticas e o mar fique revolto”, comenta.