'Vou levar o Vitória a um título nacional em 2018', diz Presídio

Auditor do Tribunal de Justiça crê na estrela logo no primeiro ano de mandato, caso seja eleito

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  • Vitor Villar

Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Acervo Pessoal

O CORREIO dá sequência nesta quarta-feira (13) à série de entrevistas com os candidatos à presidência do Vitória, em eleição que ocorre neste mesmo dia. Para finalizar, o entrevistado é Gílson Presídio. 

Em texto, os leitores conferem as respostas das perguntas básicas e comuns aos candidatos de forma editada. Em áudio sem cortes, no Bate-Pronto Podcast Especial (ao fim da entrevista escrita), os candidatos respondem também a perguntas específicas e aditivos às perguntas básicas. 

Gílson Presídio Auditor do Tribunal de Justiça da Bahia, Gílson Presídio concorre à presidência do Vitória pela primeira vez. Ex-candidato a deputado e a vereador, tem como principal promessa tornar o clube campeão brasileiro já no ano que vem. Garante que o Leão tem orçamento para isso, e quer dividir a gestão com os sócios por meio do WhatsApp:   CORREIO: Por que você quer ser presidente e quais feitos na carreira te credenciam para o cargo?

Gílson Presídio: Não tinha planos de ser candidato, mas aconteceu do presidente renunciar e da possibilidade de disputar a eleição sem precisar de chapa para o conselho. Me candidatei por não ver nenhuma chapa me representando, e por ter um grupo favorecendo uma pessoa que já passou pelo Vitória e que foi maléfica ao clube. Eu quero mostrar a todos o risco que está se correndo ao abrir a porta para esse cidadão, Paulo Carneiro. Ele causou muitos problemas. Quero democratizar o clube, ouvir o sócio-torcedor. Ele vai decidir conosco questões como técnico, diretor de futebol. Eu não sou salvador da pátria e, apesar das minhas formações, não tenho solução para tudo, mas estou disposto a enfrentar os desafios. Está mantido o meu compromisso de levar o Vitória a um título nacional logo no primeiro ano de mandato. Caso não consiga, meu cargo vai ser colocado à disposição.

Como você avalia a gestão de Ivã de Almeida? O que manterá e mudará no clube?

GP: De Ivã eu não conheço muito, sei apenas que se escolheu a pessoa menos preparada e menos articulada politicamente. Sei que ele fez as coisas sem ouvir a maioria das pessoas. Não sei se houve problema de má aplicação do dinheiro. Mas no futebol, ele puxou as decisões muito para ele. Como não deu certo, a torcida pediu a cabeça dele. Então a lição que tiro é essa, que vamos democratizar o clube. As decisões relevantes não serão só minhas, vamos dividir isso com o sócio que me apoia. Criei um grupo de WhatsApp só para tomada de decisões. Toda vez que tiver uma decisão mais relevante para ser tomada, eu vou colocar para esse grupo de sócios-torcedores. Essa para mim é a lição que a gestão de Ivã de Almeida deixou.

Como você acha que encontrará os cofres do Vitória?

GP: Os presidentes do Vitória não precisam ficar chorando o tempo todo por causa de orçamento. O Vitória tem hoje condições de ganhar um título nacional com os recursos que temos aí. E como será isso? Eu sou auditor por formação. Então vamos fazer uma auditoria, ver tudo o que está sendo feito e se está sendo feito da maneira correta. Se não estiver, vai sair sempre uma recomendação de como enquadrar aquilo. Fazendo isso em todos os setores, vou poder me situar. Não vai ser eu quem vai dar essas recomendações, vai ser uma empresa especializada. Vamos otimizar os recursos que o Vitória tem, de modo que, com esses recursos, a gente consiga levar o Vitória ao título nacional. Gostaria de mostrar os dados de como é viável chegar a um título nesse momento. O Palmeiras foi o que mais gastou este ano, com R$ 11 milhões (de folha salarial). O Corinthians ganhou o título com R$ 8 milhões. Então nem sempre quem gasta mais vai ser campeão. O Vitória tem folha de R$ 4,1 milhões. O Santos, que chegou perto do título, tem folha de R$ 4,5 milhões, na mesma faixa do Vitória. Ou seja, o Vitória também pode disputar o título. Isso é coisa concreta, não estou mirabolando ou sonhando.

Como você pensa em gerir a base do Vitória, que neste ano não revelou nenhum jogador?

GP: A base tem que ter em seu elenco, em todas as posições, pelo menos um jogador com plenas condições de jogar como titular no profissional. Nem que a gente tenha que comprar um jogador na faixa de idade sub-20. Quanto às ações, vamos investir na base um percentual maior do que se tem investido hoje. Não sei precisar o quanto, preciso me inteirar ainda desse detalhe. Quanto à prioridade, vai ter prioridade na minha gestão sim, mas não para vender jogador ainda novo. Ao contrário, o quanto a gente puder manter para usufruir dele no profissional e ganhar títulos, nós vamos manter. Ganhar título é tudo o que a gente quer, então temos que focar todos os recursos no título. 

Qual sua proposta para o Barradão? Pretende transformar o estádio em arena?

GP: Claro que todo investimento que traz um benefício é bem-vindo, mas a questão é o momento. É prioridade investir no Barradão? Ou é prioridade do Vitória ganhar um título? O torcedor tem que ver isso aí. Eu vou eleger ganhar o título. Vou jogar meus recursos todos para ganhar um título. No Barradão, tem-se que fazer o mínimo para não conviver com estupidez. Como por exemplo tomar chuva, não ter uma cobertura por mais simples que seja. E também o trânsito. Você não pode perder duas a três horas para sair do estádio. Quando eu disse que vou resolver o problema do trânsito, não é que eu vá para a rua ficar apitando. Eu vou cobrar dos órgãos responsáveis, como Transalvador e Polícia Militar. Se necessário for, eu vou pra rua para cobrar isso deles, que o trânsito flua.

Qual o seu projeto para melhorar o Sou Mais Vitória, que tem registrado poucos associados?

GP: Eu saí da situação de torcedor para candidato em uma semana. Esses detalhes eu não tenho conhecimento. E também não vai ser eu quem vai dar essas soluções. Vou coordenar uma auditoria feita dentro de um mês. Depois desse mês, vou ter um diagnóstico de todos os problemas e as recomendações do que pode ser feito. Não vou aqui me arvorar para dar soluções. Sou Mais Vitória, marketing, para tudo tem que ser contratado especialistas. Para o marketing, não vou colocar nenhum diretor. Será contratada uma agência. Nunca ouvi dizer que toda empresa precisa de diretoria de marketing.QUEM É Gílson Presídio tem formação em Engenharia, Administração e Direito. Aos 58 anos, é auditor público concursado do Tribunal de Justiça da Bahia. Já buscou um cargo público duas vezes: candidatou-se a deputado estadual em 2010 e a vereador em 2016.

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