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Filha de dançarina assassinada luta para se recuperar após ameaças: "arrasada"

A menina de 11 anos recebeu diversas ameaças de internautas após a mãe, a dançarina Amanda Buena, ser morta pelo noivo

  • D
  • Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2015 às 11:41

 - Atualizado há 3 anos

A filha da dançarina funk Amanda Bueno, 29 anos, morta no Rio de Janeiro pelo noivo, está arrasada após receber ameaças e ofensas em seu perfil no Facebook, garante a família da estudante.

O caso começou a ser investigado pela Polícia Civil. “Ela está muito triste com essa situação. Eu estava ao seu lado quando ela viu a mensagem. Ela começou a chorar e ficou muito chateada", contou Valsirlândia Lopes Sena, tia da menina, em entrevista ao G1.  (Foto: Reprodução/Facebook)“Que sirva de exemplo para você e as mulheres”, dizia uma das mensagens recebidas pela menina de 11 anos, se referindo ao assassinato de sua mãe. A própria garota denunciou o caso, na última terça-feira (21), quando postou o recado e pediu aos amigos que denunciassem o autor do texto à rede social.

Após o pedido da garota, vários amigos demonstraram solidariedade à jovem e tentaram ajudá-la com conselhos e mensagens motivacionais. “Tem uma delegacia específica para esses casos. Isso é um doente”, diz uma das publicações. Outro comentou indignado:  “É por causa de monstros como esse que o Brasil não vai para frente”.Noivo matou dançarina após descobrir que ela foi stripper e atirou em colega (Foto: Reprodução/Facebook)Ainda de acordo com Valsirlândia, a sobrinha ainda não retornou à rotina normal, como frequentar as aulas. "Ela está tentando se recuperar, mas quando fica sozinha, começa a chorar, sente muita falta da mãe. Parece que [o homicídio] foi hoje", revelou. Ainda segundo a tia da estudante, o usuário que postou as mensagens ofensivas foi bloqueado e não faz parte do círculo de amigos e conhecidos da menina. Entretanto, a estudante não tem intenções de excluir sua conta na rede social.

O caso está sendo investigado pelo 1º Departamento de Polícia (1ºDP) de Anápolis. Segundo o delegado responsável pelo caso, Daniel Nunes Guimarães, em entrevista ao G1, a polícia pretende buscar dados junto à rede social para dar prosseguimento nas investigações.

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Porém, Guimarães acredita que o usuário tenha utilizado um perfil falso para enviar as ofensas. Caso seja condenado, o autor da postagem pode pegar de um a seis meses de prisão, uma vez que o crime não possui um grande potencial ofensivo.

CrimeDe acordo com a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, que investiga o caso, Amanda foi morta com mais de um tiro. A ação foi registrada por vídeos de câmeras de segurança instaladas dentro da residência do casal.

No vídeo - que foi divulgado pelo jornal Extra com exclusividade - é possível ver o suspeito jogando a dançarina no chão e batendo com a cabeça dela no asfalto pelo menos 12 vezes. Em seguida, ele dá dez coronhadas na dançarina.

No registro, é possível ainda vê-lo entrar em casa e sair de lá com uma escopeta, com a qual deu cinco tiros na cabeça da funkeira. No momento dos disparos, ele está vestido com um colete a prova de balas. 

Briga e ciúmesSegundo vizinhos, Amanda e Milton teriam tido uma discussão durante a tarde. A briga entre a dançarina Amanda Bueno e o noivo Milton Severiano Vieira, que culminou na morte da mulher, foi realmente motivada por ciúmes, garante polícia.

Segundo o titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, Fábio Cardoso, o desentendimento entre o casal começou no dia seguinte ao noivado, após a dançarina revelar dois segredos do seu passado para o companheiro. Apesar de morarem juntos há um tempo, os dois teriam ficado noivos quatro dias antes do crime. Ele imobilizou a mulher, bateu a cabeça dela no chão pelo menos 12 vezes, e em seguida deu 10 coronhadas na cabeça da funkeira (Foto: Reprodução)Na ocasião, Amanda contou para o noivo que trabalhou em uma boate de striptease chamada Império, em Brasília. Segundo o jornal Extra, a dançarina também revelou que já tinha sido condenada por tentar matar uma colega de trabalho, dentro do estabelecimento.

Logo após a briga, foram ouvidos disparos. Para fugir, Miltinho da Van, como o suspeito é conhecido, teria roubado um carro na rua. Miltinho foi localizado horas após o crime. Durante a fuga, porém, o suspeito capotou de carro. Ele foi socorrido e levado para o hospital.

Ainda segundo a polícia, Milton foi autuado em flagrante por homicídio qualificado. O marido da vítima já responderá através da nova lei do feminicídio, criada em março desse ano.

*Colaborou Eduardo Bittencourt, participante da 8ª turma do Programa Correio de Futuro.