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Governador falou que decisão sobre retomada está ligada ao controle da pandemia
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2021 às 10:47
- Atualizado há um ano
A data para a volta das aulas presenciais no estado ainda não foi definida. A expectativa da prefeitura era de que a retomada acontecesse em março, mas o prefeito Bruno Reis e o governador Rui Costa ainda devem se reunir para tomar uma decisão conjunta.
No entanto, o governador adiantou que agora ainda não é o momento. Costa disse ainda que entende a aflição dos pais que têm filhos em idade escolar. "Eu tenho duas filhas em idade escolar e tenho total consciência dos efeitos colaterais danosos à educação e à sociabilidade de nossa juventude o fato de não estar tendo aulas. Meu desejo é que possamos retornar o mais rápido possível, mas precisamos aguardar o momento correto", disse, nesta quarta-feira (27).
Ele falou ainda que a decisão de retomada depende dos números relacionados à pandemia. "Desde novembro temos vivido um aumento no número de casos e de óbitos na Bahia. Para pensarmos numa data de retorno gradativo, precisamos ter esses números sob controle e num processo de queda. Estaríamos colocando a vida de nossas crianças, pais e avós em risco".
Vacinas O governador disse ainda que está buscando outras vacinas para imunizar os baianos contra a covid-19. Atualmente, o estado tem doses da Coronavac e da vacian de Oxford/Astrazeneca.
“Se depender do Estado da Bahia, teremos outras vacinas disponíveis. Estamos buscando alternativas para vacinarmos os baianos o mais rápido possível. Ontem entramos em contato com o fabricante de uma outra vacina chinesa, a Sinopharm, a fim de saber da disponibilidade para a compra. Essa é uma vacina que já concluiu os estudos e recebeu a aprovação definitiva para uso do órgão regulador chinês e está num estágio ainda mais avançando que a Coronavac, já aplicada no Brasil", explicou.
Rui criticou a postura da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao criar dificuldades para o uso da vacina russa Sputnik V sem o aval de técnicos do órgão – como pediu o governo da Bahia em documento ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu não consigo entender essa insensibilidade com a vida humana da direção da Anvisa. Isso revolta a todos nós, porque estamos presenciando o sofrimento de pais, mães e filhos perdendo seus entes queridos que não conseguem entender tamanha insensibilidade de uma agência que deveria cuidar da vida humana.
O governador lembrou o incidente acontecido em março de 2020, quando a Anvisa barrou uma ação de medição de temperatura que seria realizada em passageiros vindos de São Paulo e Rio de Janeiro no Aeroporto Internacional de Salvador. “É um fato que demonstra como tem sido a postura da agência durante a pandemia, de pouco valor e respeito à vida humana, numa posição muito mais corporativa do que preocupada com a vida das pessoas”.