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Rede Nordeste, O Povo
Publicado em 29 de agosto de 2023 às 20:19
O Tribunal de Justiça de São Paulo julgou parcialmente como justa a ação protocolada por Deolane Bezerra contra o Google. A decisão determina que a empresa precisa atuar para a não vinculação automática do termo “bafuda” à influenciadora na ferramenta de buscas. >
O juiz Bruno Paes Straforini, responsável pela determinação, afirma na sentença: “Não é possível que um termo genérico e pejorativo como o aqui tratado seja automaticamente vinculado à autora, sem que haja, ao menos, menção de seu nome ou sobrenome”.>
“É como se a ferramenta do Google indicasse que o nome e a imagem da autora seriam sinônimos da palavra ‘bafuda’, o que não pode ser admitido”, declara.>
Deolane Bezerra fica sem os danos morais>
Entretanto, foi negado o pedido de indenização por danos morais, de R$50 mil. A advogada Adélia Soares, responsável pela defesa de Deolane, já anunciou em nota ao portal Splash Uol que recorrerá da decisão. Ela afirma no comunicado:>
“Respeitamos o entendimento do magistrado, porém, acreditamos que foi inobservado o prejuízo moral suportado pela nossa cliente justamente pelo ato de omissão do Google em manter indexado o nome e imagem da Deolane, mesmo após a empresa ter sido notificada extrajudicialmente”.>
Ela também declara que a associação da imagem de Deolane ao termo viola os direitos de personalidade da mulher e causa danos morais como constrangimento e sofrimento psicológico.>
A ação teve início após ser revelado que ao pesquisar por “bafuda” no buscador do Google, o termo era associado a imagem de Deolane. Ela ganhou esse apelido pelos adversários da influenciadora durante o reality show A Fazenda 14, em 2022.>