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Oficinas de teatro têm inscrições prorrogadas até 28 de novembro em Salvador

A iniciativa é do projeto “Ordem Questionada” do Coletivo Subverso das Artes e oferece oficinas formativas gratuitas para jovens artistas negros de comunidades marginalizadas

  • Foto do(a) author(a) Carmen Vasconcelos
  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 14 de novembro de 2025 às 15:57

A iniciativa busca fortalecer o teatro negro baiano, sobretudo em bairros periféricos da cidade de Salvador
A iniciativa busca fortalecer o teatro negro baiano, sobretudo em bairros periféricos da cidade de Salvador Crédito: Divulgação/Coletivo Subverso das Artes

Foram prorrogadas até o dia 28 de novembro (sexta-feira) as inscrições para as oficinas da residência “Qualificando a Desordem”, etapa formativa do projeto “Ordem Questionada” do Coletivo Subverso das Artes. A iniciativa busca fortalecer o teatro negro baiano, sobretudo em bairros periféricos da cidade de Salvador. Nesta fase, estão abertas 20 vagas para o público ouvinte, voltadas a quem deseja participar das oito oficinas nas áreas técnico-artísticas, de gestão e produção teatral. As pessoas interessadas poderão escolher uma ou mais atividades, conforme disponibilidade.

A inscrição é gratuita e tem como público artistas negros moradores de comunidades como Engenho Velho da Federação, Engenho Velho de Brotas, Nova Brasília, Candeal e Santo Inácio. O resultado será divulgado até 1º de dezembro, no Instagram oficial do projeto @coletivosubversoo. Formulário de inscrição: https://forms.gle/UMRsYaquq5arW4ea8.

De novembro de 2025 a abril de 2026, as turmas serão imersas em oficinas quinzenais de escrita teatral, atuação, direção teatral, direção musical, cenografia, gestão teatral, comunicação estratégica e formação de público. Ao todo, cada oficina contará com 30 participantes, sendo 10 residentes já selecionados na etapa anterior, que receberão bolsa de permanência para acompanhamento contínuo das atividades, e 20 novos participantes provenientes desta nova fase de inscrições.

Sobre o projeto - Mais do que uma ação formativa, o projeto “Ordem Questionada” se propõe a romper barreiras e ampliar o acesso à arte em territórios que muitas vezes ficam à margem do mercado teatral. Com oficinas, apresentações e atividades culturais, a iniciativa reforça a existência de talentos que só precisam de oportunidade e estrutura para florescer. O grande objetivo é incentivar tanto a produção quanto consumo artístico local, criando um espaço de protagonismo e visibilidade para jovens artistas das comunidades.

De acordo com o coordenador do Coletivo Subverso das Artes, Zaya Olugbala, a inspiração para o nome do projeto vem da peça “Ordem Questionada”, criada pelo coletivo em 2019 para provocar reflexões sobre as estruturas da sociedade e as diversas formas de opressão. “Como artista, promover uma reflexão é algo incrível e necessário, mas ainda não é o suficiente para quem se encontra insatisfeito com a forma de vida que a gente leva aqui na babilônia. Então, o projeto é pensado a partir de como podemos sair da mera reflexão e ir para a ação, algo que possa proporcionar algum tipo de mudança”, explica o músico.

“O que inspira o projeto é esse fazer artístico autônomo, que o Subverso das Artes sempre se propôs a fazer. Muito do que a gente vem fazendo é parecido com o que os artistas que Platão considerava perigosos faziam naquela época, que é fazer as pessoas pensarem, questionarem o sistema. E é por isso que aqueles artistas eram tão perigosos para a polis, para a cidade, porque eles faziam as pessoas refletirem de fato. A arte não era tida como um objeto. E é isso que a gente quer fazer. Queremos acessar esses outros espaços culturais que não estão no centro da cidade, não estão no centro da cultura tradicional também de forma simbólica”, afirma Laura Sacramento, coordenadora do grupo.

Por trás dos questionamentos - O projeto é idealizado pelos dois coordenadores do Coletivo Subverso das Artes, grupo formado por jovens artistas comprometidos com a promoção da arte negra. À frente do coletivo está Laura Sacramento, graduada em Letras Vernáculas pela UFBA e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura. Sua trajetória artística se inicia nas artes plásticas e na literatura, com contos e poesias, e se expande no teatro, onde atua como roteirista, assistente de direção e coordenadora do coletivo.

Ao seu lado, Zaya Olugbala, diretor musical, músico multi-instrumentista e estudante de Produção Musical na UFRB, soma bagagem na criação de trilhas, direção sonora e produção de espetáculos. A coordenação geral é assinada por Juliana Sousa, produtora cultural formada pelo Teatroescola do Instituto de Arte e Cultura da Bahia, estudante de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas na UFRB, com ampla atuação em projetos voltados à educação, acessibilidade e valorização da juventude negra e de grupos minorizados.

Sobre os formadores - As oficinas serão conduzidas por artistas de diferentes linguagens e trajetórias. A dramaturga e diretora Onisajé ministra as oficinas de Escrita Teatral e Direção Teatral, compartilhando sua experiência na criação de narrativas negras. A atriz, performer e professora de teatro Diana Ramos conduz a oficina de Atuação: Corpo, Voz e Performance, voltada ao desenvolvimento da expressividade cênica.

Na área da música, Maurício Lourenço será o facilitador da oficina de Direção Musical, explorando o som e a dramaturgia sonora como elementos de criação. Já Clara Matos lidera a oficina de Cenografia, com foco em direção de arte, figurino e cenário. O gestor cultural Nell Araújo, por sua vez, orienta a oficina de Gestão Teatral, abordando administração, gestão de espaços e planejamento financeiro.

Completam o time Ana Paula Potira, atuante no turismo e na produção cultural, responsável pela oficina de Formação de Público, que propõe reflexões sobre a relação entre arte e comunidade, e o publicitário e produtor cultural Fábio Lucas, que ministra a oficina de Comunicação Estratégica, dedicada a estratégias de pitching, comercialização de projetos e gestão de redes sociais.

Criação, laboratório e circulação - A segunda etapa do projeto, “Circula e Questiona”, é dedicada à criação, laboratório e circulação das peças teatrais resultantes das oficinas. Serão criados e apresentados no mínimo duas e no máximo três espetáculos nos bairros participantes, garantindo a materialização do processo formativo e o compartilhamento das criações nas cinco comunidades.

Arte que transforma - Ao longo de seis meses, a residência “Qualificando a Desordem” pretende consolidar um espaço de troca e construção coletiva, fortalecendo redes entre artistas, educadores e comunidades. Para além de formar novos criadores, o projeto reafirma a arte como ferramenta de transformação social e afirmação de identidades negras em Salvador. O projeto terá duração total de 8 meses, incluindo residência, produção e circulação.

O projeto “Ordem Questionada” foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura - Governo Federal.

SERVIÇO

Inscrições prorrogadas: Oficinas “Qualificando a Desordem”

Prazo: 28 de novembro (sexta-feira)

Público-alvo: Artistas negros e negras 18+, preferencialmente moradores de bairros periféricos de Salvador

Em caso de dúvidas, entre em contato pelos seguintes canais:

E-mail: ordemquestionada@gmail.com

Instagram: @coletivosubversoo

Com assessoria

Tags:

Teatro Formação Profissional