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Discípulo de Dominguinhos, Mestrinho lança disco autoral

O trabalho é composto por 14 faixas, nas quais Mestrinho, 26 anos, canta e toca xote e forró

  • Foto do(a) author(a) Ana Paula Lima
  • Ana Paula Lima

Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 12:56

 - Atualizado há 2 anos

“Nasceu Mestrinho da sanfona”.  Assim profetizou a mãe de Edivaldo Júnior Alves de Oliveira no dia em que o mundo o ouviu pela primeira vez.  Não que o choro do menino tivesse algo de especial, mas a mãe de Edivaldo tinha tanta certeza em sua profecia que apelidou o filho com o diminutivo da palavra mestre, quando ainda estava grávida.O desejo materno de ter um filho bom de sanfona acabou se realizando. O garoto tomou gosto pela música, cresceu, tornou-se cantor e sanfoneiro e acaba de lançar seu primeiro álbum solo, intitulado Opinião.O trabalho é composto por 14 faixas, nas quais Mestrinho, 26 anos, canta e toca xote e forró, mas também tira da sanfona acordes característicos de ritmos como o jazz. Na canção Superar, por exemplo, ele chega a arricar  um samba, com acompanhamento luxuoso do cantor e compositor Gilberto Gil, que faz uma participação especial. “Como o próprio nome sugere, neste trabalho eu quis usar a música para mostrar minha opinião sobre o mundo e quis também mostrar minhas influências, mostrar como a sanfona pode ser um instrumento versátil”, revela o artista.Jovem sanfoneiro quer seguir ops passos de Dominguinhos (Foto: Divulgação)DNA MUSICALSergipano da cidade de Itabaiana, Mestrinho nasceu em uma família de músicos. Mas não foi só o DNA que o ajudou a escolher a carreira. Ele revela ter sido influenciado por artistas como Elba Ramalho, Pixinguinha (1897-1973) e Gilberto Gil. Porém, por um ídolo de infância ele demonstra ter um carinho especial. Durante a entrevista,  foi possível notar um tom de voz diferente quando Mestrinho destacou a importância que Dominguinhos (1941-2013) teve na sua vida. “Ele foi meu grande mestre, o artista que mais tocou meu coração. O jeito dele tocar, a simplicidade... Ele é uma influência para mim até hoje”, afirma, acrescentando que a morte do músico ainda lhe dói muito. No disco, Mestrinho dedica a Dominguinhos duas faixas: a nstrumental Aperto de Mão e Pra Sempre Dominguinhos, ambas de sua autoria. “Foi uma maneira de agradecer todas as coisas que ele fez por mim”, explica .Mestrinho chegou a tocar com Dominguinhos durante cinco anos. “Eu o conheci em São Paulo e ele me deu o telefone. Eu ligava direto pedindo para que ele me deixasse tocar em um de seus shows (risos)”, relembra. A primeira vez que mestre e aprendiz tocaram juntos foi em Recife, em show no espaço Chevrolet Hall.“Eu fui até o camarim falar com Dominguinhos e ele perguntou se eu estava com a sanfona, eu respondi que estava dentro do carro, mas era mentira. Eu tinha deixado o instrumento em casa. Aí ele falou: ‘Vai buscar que hoje você vai tocar comigo’. Eu fui até a minha casa, que ficava a uns 10 quilômetros (risos), peguei a sanfona e toquei com Dominguinhos”, recorda. O filho de Garanhuns não chegou a ouvir o primeiro disco-solo do discípulo, que faz questão de evitar comparações. “Impossível igualar”, diz com firmeza. Com 12   músicas autorais, o álbum demorou um ano para ficar pronto. Modesto, Mestrinho diz que esta longe de se tornar o mestre que a mãe profetizou: “Eu só quero cantar minhas músicas e fazer as pessoas felizes”, arremata.