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Vanessa Brunt
Publicado em 16 de junho de 2021 às 05:00
- Atualizado há um ano
Quem escreve melhor, improvisa com mais facilidade, aperfeiçoa a oratória, argumenta com mais poder de convencimento e consegue apresentar ideias de maneiras mais criativas. E é para ajudar nisso e em todo o seu crescimento digital que o Clube Acelerados existe. Ele é o curso mais completo de Escrita Criativa, Copywriting, Marketing Online e Branding que você pode encontrar.
O Clube reúne videoaulas, e-books e novidades semanais sobre os temas, além de incluir reuniões mensais e opcionais para Networking e retiradas de dúvidas. O projeto faz parte da minha empresa CiAtive, de infoprodutos e serviços de Aceleração Digital e Aprimoramento da Escrita Persuasiva. É por isso que no Instagram da marca sempre deixo dicas e alertas sobre ambos os temas.
E para deixar suportes para a sua escrita desde já, hoje vou aproveitar e compartilhar também aqui na coluna alguns dos passos de base que sigo (nos meus livros e fora deles) para ter uma elaboração sempre mais certeira ao redigir, fazendo com que o leitor queira devorar tudo do começo ao fim. Confira:
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1. Pesquiso os erros mais cometidos no ENEM no último ano. Alguns exemplos recentes:
• “Fazem” dez dias. ❌ Faz dez dias. ✅ • “Haviam” muitos copos na mesa. ❌ Havia muitos copos. ✅ • “Vende-se” casas. ❌ Vendem-se casas. ✅ • Ela estava “meia” cansada. ❌ Ela estava meio cansada. ✅ • A mãe pegou o filho correndo na rua. (Quem corria? A mãe ou o filho?) ❌ A mãe pegou o filho que corria na rua. ✅
2. A repetição de determinadas palavrasem um texto é algo que cansa e faz o leitor perder o interesse pelo seu conteúdo. Mas, além de buscar por sinônimos para trocar essas recorrências, é possível também buscar não repetir termos que acompanham outras palavras, como é o caso de "muito" ou "pouco". Veja, por exemplo, como você pode substituir o "muito": Muito alto (som) ➨ Ensurdecedor Muito simples ➨ Básico, banal Muito bonito ➨ Belo, lindo, encantador Muito curto ➨ Breve, reduzido, limitado
3. Antes de enviar uma mensagem ou criar um conteúdo, respondo três perguntas para mim mesma:
• O que vou estar ajudando essa pessoa a evitar? • O que vou estar ajudando essa pessoa a resolver? • O que essa pessoa ‘não aguenta mais’ receber/ver: para que eu possa mostrar que estou fazendo algo diferente disso?
4. Começo o texto com perguntas e já respondendo, também, as questões pontuadas acima.
Exemplo: se estou enviando uma sugestão de pauta para um jornal, coloco: “Fulana (usar o nome da pessoa é fundamental para uma conexão mais chamativa!), já imaginou receber dados ainda não divulgados sobre a pandemia? Estamos com uma sugestão de pauta exclusiva, que traz tendências e informações que nenhum outro veículo pôde ainda encontrar”.
Assim, no final, mostrei que ela pode evitar ser ‘passada pra trás’ por outros veículos, já que se ela não aproveitar a chance que dei, outros jornais podem passar a receber a pauta. E também mostrei que tinha algo diferente do que ela costuma receber, porque dados gerais da pandemia estão sendo enviados a todo o momento.
5. Evito a voz passiva, uso a ativa!
Ao invés de "o carro foi trazido", prefira "ela trouxe o carro".
6. Evito também gerúndio: use menos o que termina com ando, endo e indo: como trazendo.
7. Sempre penso me colocando no lugar do receptor (estudando seus problemas diários) e deixo todo o processo mais fácil para ele, além de me disponibilizar para mais informações e para suportes.
Se estou divulgando o meu curso, por exemplo, faço de tudo para que o receptor possa se inscrever com um só clique, assim como explico que ele pode tirar dúvidas diretamente comigo respondendo aquele e-mail. A Chamada Para a Ação (o que a pessoa deve fazer para adquirir aquilo) fica nítida e fácil.
Ou seja, penso na jornada do meu consumidor e faço as etapas da conversão e das quebras de objeções ficarem mais simples.
8. Uso frases curtas e, se o texto for longo, envio um resumo dele (bem curtinho) no início e uso muitos subtítulos no decorrer do resto do conteúdo.
9. Reforço a minha ideia com repetições em exemplos diferentes.
Vou dando os retornos com exemplos diferentes, mas que ratifiquem o que já pontuei de importante e/ou sobre os benefícios do que estou oferecendo. Quanto mais repetimos esses aspectos, mais aquilo se fortalece para o espectador.
Além disso, uso comparações! Sempre que posso criar analogias, metáforas, ou exemplos criativos, utilizo a tática. “Imagine se...” ou “Se isso fosse aquilo” são boas táticas.
10. Pesquiso sobre as novas normas gramaticais. Exemplo:
• Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de “r” ou “s”. Mini-saia vira minissaia.
11. Escrevo pensando que o leitor está morrendo de vontade de fazer xixi. Ele vai continuar querendo ler?
12. Uso aplicativos como Words of Wonders, que é de caça-palavras.
13. Tento não escrever com muitas abreviações, mesmo quando estou em conversas mais informais. O que usamos no informal sempre pode escapar um pouco nas formalidades.
14. Reviso as concordâncias, principalmente do plural. Exemplo: nunca fale “no seu óculos”. Se a palavra está no plural, é sempre: “nos seus óculos”.
15. Pesquiso muitos sinônimos e busco sobre os significados e as formações das palavras.
16. Exercito as pontuações, tentando deixar as frases mais curtas. Reviso meus parágrafos para ‘pulá-los’ mais, deixando todos menores. Tudo isso torna a leitura mais dinâmica.
17. Uso detalhes do cotidiano para dar exemplos.
Esquecer a toalha e não ter para quem pedir quando moramos sozinhos é algo que pode parecer simples, mas ganha o leitor por gerar identificação e por ser algo que todos vivem, mas poucos falam no dia a dia.
18. Lembro sempre que, na escrita, nada deve ser banal.
Comer um miojo não é só “comer um miojo”. O que você sente ao comer um miojo? Aí é que está o segredo: descrever isso.
19. Releio em voz alta e tenho cuidado com expressões que são, na verdade, vícios e nada acrescentam: como “né?”.
20. Busco ler livros de gêneros diferentes. Se acabei um romance, busco um de poesia.