5ª edição do Afro Fashion Day lota Terreiro de Jesus, no Pelourinho

Marcas baianas apresentam looks inspirados em blocos afros da Bahia

Publicado em 30 de novembro de 2019 às 17:17

- Atualizado há um ano

. Crédito: Jorge Gauthier/CORREIO
. por Jorge Gauthier/CORREIO

Tambores, atabaques e roupas coloridas. Não é Carnaval, mas tem a alma de folia. No lugar no trio, 64 modelos desfilam no Terreiro de Jesus, na 5ª ediçãoo do Afro Fashion Day, na tarde deste sábado (30). 

Marcas baianas aceitaram o desafio do CORREIO e preparam looks inspirados em blocos afros da Bahia. O resultado emociona o público que lota o Pelourinho. Todo o roteiro foi idealizado pelo diretor artístico Gil Alves que, pela primeira vez, assina a concepção de um desfile de moda. 

Com parte dos tecidos doados pelos próprios blocos, os modelos desfilam com 45 marcas, 33 de roupas e 12 de acessórios. Tendo como palco o Terreiro de Jesus, as peças e acessórios do AFD deram tons de sofisticação às cores e formas que costumam estar nas fantasias dos blocos. O branco e azul do Gandhy, o vermelho e amarelo do Ilê? O leão do Muzenza, os búzios e máscaras do Malê, o requinte africano do Cortejo, o multicolorismo do Olodum. Tava tudo ali, seja nos simples detalhes os extravagâncias.

"Durante o resto do ano essa estética fica oculta. Só costumamos valorizá-la no Carnaval. Até usamos coisas africanas, mas não originais da nossa afrodescendência carnavalesca. Nossa intenção era trazer isso", explica Fagner Bispo, curador do AFD desde a 1ª edição.

O desfile conta com a apresentação do afoxé Filhos de Gandhy, Cortejo Afro, Malê Debalê, Muzenza, Olodum, que está comemorando 40 anos, e Ilê Aiyê, que encerra o desfile.

Confira fotos do evento:

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