A anarquia defendida pelos ativistas da internet não tornará nada sustentável

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  • Hugo Brito

Publicado em 14 de agosto de 2018 às 05:01

- Atualizado há um ano

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Fintechs

Em 2017 o movimento do setor das Fintechs, startups do ramo de tecnologia para a área financeira, foi de mais de R$ 457 milhões, segundo dados do Conexão Fintech. Com esses números veio, é claro, a atenção de órgãos do Sistema Financeiro Nacional. Uma das primeiras empresas da área de Fintechs, a Toro Investimentos, realizou um evento que levou o nome de “O futuro da segurança” para discutir o mercado. Um dos presentes foi o Diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso. Na sua fala ele destacou que o mercado financeiro do país vive um período que ele chama de “diálogos digitais”, um processo onde a sociedade começa a repensar as rotinas monetárias. Ele também comentou o papel do Banco Central diante deste cenário. "Nosso papel nesse momento é o de motivar o debate e incentivar a inovação como um todo. Porém, por questões de eficiência e demandas da população, temos que monitorar este processo e garantir que ele seja seguro para todos. Essa é uma missão que a gente não abre mão". Esse ponto, sobre o qual falei aqui na coluna em outra oportunidade, é inevitável. A anarquia defendida pelos ativistas da Internet não tornará nada que seja criado no mundo digital seguro ou sustentável, principalmente quando aplicado às finanças. Regras, como o marco civil, lei de proteção de dados pessoais, entre outras, vão ter que ser instituídas. Segundo o próprio representante do Banco Central toda instituição financeira que chega no mercado passa por processos de regulação prudencial e bancária, além de observações e instruções sobre sua conduta. "Hoje, a principal área do Banco Central é a de supervisão e monitoramento de instituições financeiras. Isso permite que a sociedade lide com a diversidade de organizações com segurança", arremata Damaso.

Lawtechs Por falar em startups, um outro mercado que está forte é o das empresas ligadas à área jurídica, as chamadas Lawtechs e Legatechs. Uma delas, com foco na área previdenciária, é a Previdenciarista.  Os profissionais da área se cadastram e têm acesso a mais de dois mil modelos de petições, todas utilizadas em casos reais. São também disponibilizadas ferramentas como um simulador de Fator Previdenciário, fichas de atendimento e modelos de documentos que facilitam e agilizam o trabalho de atendimento aos clientes. O site da empresa teve, só em 2017, mais de cinco milhões de visualizações. Se você é da área jurídica e atua em direito previdenciário vale a pena dar uma olhada no site que está no ar desde 2013 e foi desenvolvido a partir dos mais de 15 anos de experiência dos seus fundadores; os advogados Renan Oliveira e Átila Abella. O endereço é www.previdenciarista.com.

Ser uma empresa digital é sinônimo e sucesso?

Em artigo publicado essa semana, Paul Whitelam, Vice Presidente da Click Software, empresa  especializada em soluções para gestão automatizada. Analisou o movimento natural da digitalização das empresas, a chamada transformação digital, crucial segundo ele, para a sobrevivência de pequenos e médios negócios. Ele cita que em uma pesquisa encomendada pela alemã SAP, especializada em softwares empresariais, 56% das empresas brasileiras pretendem aumentar a sua receita em até 10% como resultado direto da transformação digital e que essas empresas brasileiras estão investindo pesado em Big data e analytics (63%), plataformas de segurança (59%), mobile (51%), cloud computing (50%), e loT – Internet das Coisas (45%). O problema é que a projeção, tebém presente no relatório, é de que 70% das iniciativas de transformação digital provavelmente falhem. Isso pelo fato de que, embora essencial, o investimento em tecnologia não é tudo nesse processo de transformação.

Abaixo reproduzo uma parte do artigo de Paul onde ele lista 7 dicas para quem está ou pensa em colocar sua empresa no processo de transformação digital.

1- Estabeleça expectativas iniciais claras - Liderar uma grande transformação tecnológica significa cultivar entusiasmo e otimismo entre sua equipe, por isso, esperar que dê tudo certo não é suficiente. Estabeleça metas claras e expectativas realistas. Converse sobre os piores cenários, obstáculos prováveis e improváveis e riscos potenciais, a fim de desenvolver um plano que possa contemplar qualquer interrupção e ajudar a prevenir um desastre.

2-  Conecte pessoas e confirme planos por meio de buy-in antecipado - O andamento será diferente para cada nível da organização, por isso estabeleça marcos significativos e tenha um escopo claro de trabalho para ajudar a gerenciar as expectativas de como serão as mudanças em sua empresa. Facilitar o gerenciamento de mudanças requer o desenvolvimento de uma narrativa clara de "por quês", capaz de explicar os papéis e responsabilidades de todos os envolvidos, ao mesmo tempo em que se pré-define a propriedade nos vários estágios ao longo do caminho, para garantir que tudo corra bem. Ao comunicar-se proativamente em todas as etapas do processo, você permitirá que a equipe se acostume à ideia e se sinta à vontade para fornecer informações, tornando o processo de transformação digital inclusivo e aberto.

3- Execute um piloto - Crie um programa piloto no estágio preliminar para resolver qualquer possível problema inicial. Quaisquer dificuldades encontradas serão melhor gerenciadas no início do que quando encontradas em um estágio posterior. Ao garantir que todos os membros de sua equipe saibam o que está acontecendo e trabalhem lado a lado durante o piloto, você pode gerar um plano mais eficiente e abrangente, que fornecerá uma oferta melhor e maiores chances de sucesso.

4- Permaneça ágil - Planeje uma entrega modular e em etapas que acomode o trabalho não planejado. Habilite a flexibilidade em sua agenda para permitir alterações nas prioridades, se necessário, sem precisar reiniciar o processo.

5- Treine para resolver qualquer imprevisto - Treine, desde o início, sua equipe para que esteja ambientada às tecnologias implementadas na transformação digital de sua empresa e planeje mais treinamentos à medida que novas inovações sejam introduzidas. Quando possível, o treinamento em novos sistemas deve começar bem antes de entrar em operação, isso é essencial para garantir que os funcionários se sintam confortáveis com a tecnologia, tornando a mudança final definitiva o mais simples possível. Realize treinamentos periódicos após o lançamento para garantir que todos estejam utilizando o sistema da maneira pretendida, à medida que novos processos ou políticas sejam adicionados e à medida que novos funcionários ou contratados ingressem na organização. A implementação inicial e os programas de treinamento podem precisar ser revisados e atualizados para incluir melhorias, identificadas por meio de uso em larga escala ou padrões de uso não capturados nos planos originais.

6- Forneça ferramentas de apoio contínuas - Mesmo com todo o tempo e recursos investidos em treinamento, os funcionários provavelmente voltarão aos velhos hábitos e precisarão de apoio contínuo para mudar a maneira como operam. Certifique-se de que todo grupo de usuários tenha suporte regular para manter a nova metodologia de trabalho.

7- Olhe além da linha de chegada - A gestão da mudança é um esforço de longo prazo, que necessita de um acompanhamento regular das principais partes interessadas após a conclusão do projeto, demonstrando assim o compromisso contínuo com a mudança da transformação digital, e a importância de suas opiniões