A Copa acabou. E agora?

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Publicado em 15 de julho de 2018 às 07:32

- Atualizado há um ano

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Foram 32 dias de pura alegria e de muito aprendizado. No Mundial da Rússia, vimos times tradicionais darem adeus antes da hora e equipes menores promoverem um show de bola. No  evento das grandes proporções, houve também muita bola fora, como a dos torcedores brasileiros que aparecem em vídeo gritando obscenidades a uma mulher. Ela, sem saber do que se tratava,  repetia ingenuamente as frases na festa do futebol. Uma humilhação lamentável.

Acompanhamos o bom desempenho da Seleção Brasileira de Tite, que foi muito além das quedas cenográficas de Neymar e do camisa 10 virar chacota mundial, por causa de seus malabarismos em campo. O craque do Paris Saint-Germain inspirou até jogo eletrônico, o ‘Neyboy’, uma animação que mantém o jogador em pé, mas, se houver falha dos participantes, ele cai em lágrimas. Não chegamos ao sonhado hexa, ainda assim nossos canarinhos saíram aplaudidos do jogo mortal contra a Bélgica. 

E agora, Brasil?  Com o jogo final entre França e Croácia hoje, acaba a pausa. Olhemos novamente para os desafios, que são muitos. Recuperar as perdas com a greve dos caminhoneiros, sair dos relatórios internacionais de crescimento da violência, educar os jovens, cuidar dos velhos e das crianças, promover a conquista da cidadania.

Um dos espaços mais importantes para isso é o exercício da democracia pelo voto. Temos até outubro para avaliar, julgar, criticar, cobrar propostas e, finalmente, escolher os melhores candidatos. Representantes que deem prosseguimento às reformas Trabalhista e da Previdência e resolvam, de uma vez por todas, a pendenga tributária, com atuais taxas exorbitantes que inviabilizam a vida dos brasileiros.

Os impostos altos não afetam apenas os grandes empresários, atingem também os negócios dos pequenos e médios e, finalmente, em uma cadeia de consequências, as contas do consumidor. Não faltam exemplos de nações que já implantaram modelos tributários mais justos e viáveis ao desenvolvimento.

Devemos ultrapassar a etapa de convivência com a crise, acostumar-se a ela é um risco e compromete o nosso futuro. Vencê-la é desafio de todos. Os novos governantes devem ter a recuperação da economia em mente ao montar seus programas. A meta de déficit primário do governo para este ano é de R$ 159 bilhões. Definitivamente, o Brasil não suporta mais. Vale ressaltar: nosso exercício de cidadania não termina no dia 7 de outubro.

Na verdade, continuará em janeiro de 2018, quando os escolhidos começarem seus mandatos, tendo a responsabilidade institucional de alavancar o processo de retomada de crescimento do país. Os eleitores, por sua vez, precisam acompanhar de perto.