A Cor do Som relembra clima de antigos carnavais em show no MAM

Banda apresenta repertório que celebra os 40 anos de trajetória

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  • Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2019 às 06:20

- Atualizado há um ano

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Músicas que sobreviveram ao tempo e que embalam carnavais há quase 40 anos serão lembradas no show que a banda A Cor do Som faz no Museu de Arte Moderna da Bahia, neste domingo (20). A apresentação, a segunda do projeto Acústicos no MAM, que estreou com Daniela Mercury em dezembro, promete levar o clima de pré-Carnaval a um dos mais importantes espaços culturais da cidade.

"Tem esse nome acústico, mas o nosso repertório é bastante eclético. As pessoas têm muito a mania de pensar acústico como sendo voz, violão e uma percussão leve. Temos várias músicas com sentido acústico, mas que não abrem mão do instrumental mais forte", destaca o percussionista Ary Dias. Para ele, aliás, o instrumental é o que caracteriza a banda. "Nós não somos cantores. Começamos a cantar por uma ciscunstância de mercado, já que ainda hoje só o instrumental não vende muito", avalia. 

Sucessos como Chão da Praça, Chame Gente, Zanzibar e Beleza Pura não ficam de fora do repertório, que inclui, claro, os temas instrumentais da banda e as inéditas do disco comemorativo dos 40 anos do grupo, lançado ano passado: Volúvel, parceria de Dadi com Arnaldo Antunes e uma bossa, Alvo Certo, parceria de Dadi e André Carvalho.

Antes de o A Cor do Som subir ao palco, quem se apresenta é Moraes Moreira. Primeiro cantor de trio elétrico, Moraes também promete dar o pontapé ao baile de Carnaval, em uma apresentação voz e violão. Moraes Violão Moreira traz composições novas e sucessos do rico repertório do cantor e compositor, responsável por unir os integrantes do A Cor do Som na década de 70. "Foi Moraes quem uniu a gente. Ficamos conhecidos como a banda do Moraes e ele se diz pai do A Cor do Som, com toda razão", comenta Ary. Ele lembra que Moraes tinha acabado de sair do Novos Baianos, quando passou a tocar em trio e depois de voltar de um Carnaval em Salvador para o Rio, acabou juntando Armandinho, Dadi, Mú e Gustavo.  "Vencemos um festival de chorinho no Rio e daí nos transformamos em A Cor do Som. O nome veio de um subgrupo do Novos Baianos e foi sugestão que Caetano [Veloso] fez a Dadi", recorda.

A banda chega a Salvador neste domingo com a formação original om Armandinho (guitarra e voz), Dadi (baixo e voz), Mú Carvalho (teclado e voz), Gustavo Schroeter (bateria) e Ary Dias (percussão). Além deles, agora o grupo conta com as participações especialíssimas dos cantores da nova geração Luiz Lopes e Pedro Dias, da banda Filhos da Judith. 

"Eu e Armandinho somos os dois baianos do grupo, mas a gente adotou todos os outros. A Bahia é mutio receptiva. As pessoas gostam muito do som do A Cor do Som, tanto assim que lotamos a Concha nas duas últimas vezes que estivemos aí. A recepção em Salvador é maravilhosa", conta Ary, que destaca a heterogeneidade do público. "Temos os fãs que sempre marcam presença, mas tem muita gente nova chegando. Essa renovação é o mais gratificante", acredita.

O cenário natural do lugar e o deslumbrante pôr do sol no MAM prometem fazer da apresentação um momento histórico. Segundo Ary, a expectativa para apresentação é das melhores. "O show vai ser maravilhoso. Já tive oportunidade de fazer show no MAM algumas vezes, mas nesse projeto só o visual paga o show. A música vem a complementar tudo isso", comenta. Com o palco vazado, o Acústicos no MAM também proporciona a possibilidade do show ser visto do mar. Serviço: Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM). Ingressos: R$ 120 | R$ 60. Vendas no site da Sympla.