'A gente está gravando estilos que nunca pensou', diz Rouge, sobre novo CD

O grupo, que faz show neste sábado (2), em Salvador, visitou o CORREIO

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  • Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2018 às 16:04

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Roberto Abreu/CORREIO

Entre 2002 e 2006, cinco jovens garotas dominavam a música pop brasileira: Karin, Fantine, Li, Aline e Luciana. Elas integravam o grupo Rouge, que fez muita gente dançar ao som de Ragatanga, Brilha La Luna, Blá Blá Blá, Vem, Habib e outros tantos sucessos. Após um hiato de 11 anos – 13 com a formação original –, as cinco se reuniram para uma turnê comemorativa pelo Brasil. 

Neste sábado (2), é a vez do show ‘Rouge: 15 anos’ desembarcar no Alto do Andu, em Salvador. “É um show comemorativo que eles (os fãs) tanto pediram, desde 2012, e a gente reuniu os sucessos mais pedidos. É um show que foi criado e pensado para eles”, adiantou Li Martins, em visita à redação do CORREIO neste sábado. 

Em uma live transmitida pelo Instagram do CORREIO (@correio24horas), o Rouge respondeu perguntas sobre novas músicas, novo CD, maternidade, empoderamento feminino e outros assuntos. Embora ainda não tenha data definida para lançamento, elas adiantaram que estão no meio do processo criativo de produção de um novo álbum. 

“A gente passou quatro anos sendo muito bem dirigida, mas antigamente eles apresentavam as coisas, a gente chegava e cantava. Dessa vez, o processo foi puxado, mas o aprendizado foi muito grande. (Somos) Cinco mulheres diferentes, 12 anos depois, com um produtor que não nos conhecia, nem nosso potencial vocal e nossa história”, explicou Karin Hills.  O Rouge visitou a redação do Correio (Foto:Roberto Abreu/CORREIO) De acordo com Li, o produtor Marcelinho Ferraz queria entender o que o Rouge tinha a dizer. “Ele queria entender qual era o nosso discurso, porque a impressão que ele tinha era do Rouge antigo. A gente conseguiu participar muito mais desse processo criativo e vai ter a nossa cara mas sem perder a nossa essência”. Marcelinho Ferraz é conhecido por ter trabalhado com nomes que vão de Charlie Brown Jr., Projota, Mc Guimê e Manu Gavassi até Chitãozinho e Xororó. 

Lu Andrade revelou que se identifica tanto com as novas músicas que não consegue parar de escutá-las. “Eu não ouvia as músicas do Rouge antes e agora eu não paro de ouvir essas músicas, porque acho que tem o nosso DNA. E preciso dizer que foi a melhor experiência em estúdio que já tive. A gente está gravando estilos que a gente nunca pensou”. 

Fantine Thó reforçou que, no novo trabalho, as cinco Rouge têm se conhecido ainda mais. “A gente tem responsabilidade com isso e quer botar todo o nosso amor. Claro que existe essa parte positiva da ansiedade, mas esse é o nosso momento de degustar e acho que ainda tem muita coisa ainda a descobrir, tem coisa ainda que a gente não disse”. 

Ela falou sobre o empoderamento feminino presente na própria identidade do Rouge. “Esses temas estão nos empoderando e nos servindo. A gente está sendo muito sortuda de que nesse momento essa seja uma grande pauta”. 

Aline contou que, no início do Rouge, não entendia a importância da representatividade do próprio grupo – formado por cinco mulheres muito diferentes. “Eu não tinha essa consciência e é tão bom agora entender o quão diferença faz na vida de uma pessoa. Hoje eu só me compreendo como mulher negra porque tenho outras diferenças. É muito importante esse lugar de mais do que empoderadas mas do que a gente é”, refletiu. 

A entrevista está disponível nos Stories do @correio24horas.