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Primeira edição do Recapitulando debateu redes sociais e preconceito
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2020 às 21:43
- Atualizado há um ano
Padrões de beleza, racismo, comunicação em redes sociais, foram os temas abordados na primeira edição do projeto Recapitulando, live transmitida através do Instagram do Jornal Correio, nesta quinta-feira (26). Mediado pela Jornalista Gabriela Cruz, o bate papo dessa vez foi com a comunicadora Rita Batista, que contou casos e experiências que a levaram a ser uma “incontestável defensora das liberdades individuais”.
O Recapitulando busca propor o debate com dois comunicadores especialistas em usar a opinião como ferramentas para disseminar e defender ideias transformadoras. O projeto conta com o patrocínio da Hapvida, o apoio da Claro e a parceria do SEBRAE.
Com 17 anos de carreira, jornalista Rita Batista foi a entrevistada da quarta-feira (26). Colecionando passagens por emissoras de rádio, TV, além da atuação como cerimonialista, Rita sempre esteve envolvida em ações e debates de combate ao racismo, sexismo e intolerâncias de toda ordem. Do jornalismo ao entretenimento, das redes sociais à tela da TV local e nacional, nas ondas do rádio, Rita tem trilhado os seus caminhos pelo país sempre com olhar altivo e o punho cerrado: “Ubuntu”.
De bate pronto, a jornalista entrou na live falando sobre a importância de reconhecermos como todos somos formadores de opinião, e sabermos como e o que comunicar nas redes sociais. “Qualquer coisa pode ser dita para qualquer pessoa, depende do jeito. Nas redes existe uma linha tênue sobre o que é real e o que é fantasioso, por isso essa comunicação inspira cuidado. A palavra é uma flecha e por isso defendo que determinadas expressões precisam ser evitadas” - Rita Batista.A comunicadora que se define como uma ombudsman dos grupos de whatsapp, ressalta que tem usado o espaço não só das suas redes como em grupos com públicos variados para chamar a atenção das pessoas contra preconceitos estruturais. “Corrijo as pessoas, mas procuro chegar com educação e apresentando argumentos, mas às vezes a gente chega à conclusão que não vale a pena com algumas pessoas. Mas a gente precisa se posicionar, pois é a partir do momento que estabelecemos o que queremos é que começamos a viver de verdade”, diz.
Preconceito
Militante contra o racismo, Rita afirma que percebeu ao longo do tempo a forma nem sempre sutil que o preconceito assume para tentar enquadrar as pessoas em padrões pré-estabelecidos, lutando contra esses rótulos. “Quando eu era pequena via minhas primas alisando o cabelo a ferro, aquilo era uma tortura, mas elas aceitavam para serem aceitas. Hoje temos toda essa indústria dos procedimentos estéticos, e defendo as liberdades individuais de cada um fazer por que quer, mas não quando é para se adequar a um padrão imposto”, explica Rita
Mãe de um garoto de três anos, Rita falou sobre o desafio da primeira maternidade e os receios quanto à criação de um filho, e o cuidado para que ele não acabe recaindo em certos privilégios que a criação familiar pode proporcionar ao homem. “O que percebo é que por vezes a cobrança para que as mulheres tenham certas habilidades, enquanto do homem não se cobra isso. Em casa temos influenciado nosso filho a desenvolver as independências que a idade dele permite, foram privilégios que meus irmãos tiveram, mas que eu busco não transmitir para o meu filho”, aponta.
Confira a live completa no Instagram do Correio.
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