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Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2017 às 05:12
- Atualizado há um ano
Lembra daquela história de que no início do Campeonato Brasileiro sei lá quantos times entram com chances de ganhar o título? Tem também aquela assertiva que vem depois: “O Brasileirão é o torneio mais equilibrado do mundo”. Se é verdade, não sei, mas certamente é equilibrado por baixo.
Sabe-se lá por quais motivos, os clubes brasileiros ainda vivem na ilusão de que metem medo em alguém. Só se for em disputas internas, porque qualquer peleja que envolva cruzar a fronteira deixa claro que vivemos mais de fama (e dinheiro mal gasto) que de proveito.
A atual Libertadores (assim como as últimas edições) deixa explícito que os clubes brasileiros, mesmo os mais abonados, devem muito no que diz respeito a propostas de jogo.
Graças a esses arranjos tresloucados que só a Conmebol pode fazer pelo futebol, o Brasil começou a Libertadores 2017 com nada menos que oito equipes. Essa semana, vimos que apenas três chegaram nas quartas de final. Perfeito retrato da mediocridade.
Pode até ser que Botafogo, Grêmio e Santos ganhem o torneio, mas, se for observado o todo, fica claro que o futebol brasileiro está capenga, mesmo com muito mais grana que os adversários continentais.
Corta pra Espanha: em mais um ato de solidariedade após a tragédia aérea da Chapecoense, o time catarinense foi convidado para um amistoso contra o Barcelona, que enfiou cinco - quem viu sabe que não fez (muito) mais porque não quis.
Vá lá que a Chape não entrou com todos os titulares, vá lá que mesmo que fossem todos os titulares a Chape não é o melhor time do Brasil, vá lá que teve cansaço de viagem, vá lá qualquer tipo de argumento, mas a verdade é que, em campo, parecia um jogo de profissionais contra um apanhado do baba da praia. É outro esporte.
No meio disso, ainda há quem elogie nossos dirigentes, de clubes e federações. Tá certo então.
RAIO Graças à aposentadoria de Usain Bolt, resolvi revirar meus arquivos. Achei um texto de 2008, de quando o velocista assombrou o mundo pela primeira vez, durante os Jogos Olímpicos de Pequim.
Naquele texto, registrei algo que agora soa um tanto inacreditável: depois que Bolt esfarelou o recorde mundial dos 100 m rasos no estádio Ninho do Pássaro, todo o mundo se preparou para espetáculo semelhante na final dos 200 m. A Rede Globo, veja só, até interrompeu sua programação para exibir a prova. Bolt ganhou e demoliu outro recorde, óbvio, mas foi só ele cruzar a linha de chegada para a emissora imediatamente cortar do Ninho do Pássaro para os Power Rangers. Não vá rir, por favor.
Eis um bom resumo sobre o que Usain Bolt representa: hoje a situação seria inversa, pois ele é que é o fator capaz de interromper qualquer transmissão e manter a audiência no ápice.
Bolt, sabemos todos, nasceu na ilha caribenha da Jamaica, assim como Marley. Será que é a água do lugar que cria esses monstros? Ou será outra coisa? Vai saber...Victor Uchôa é jornalista e escreve aos sábados