A potencialidade do agro baiano

Jorge Görgen é gerente de Relações com a Imprensa da CNH Industrial

  • D
  • Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

A Bahia é de todos os santos, mas também é do agronegócio e vou explicar o porquê. O estado brasileiro é conhecido internacionalmente pelo seu animado Carnaval, pelas praias de águas mornas, pela culinária tradicional e hospitalidade única. Da terra onde nasceram ícones da cultura brasileira, como Dorival Caymmi, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Jorge Amado, tem sido colhida boa parte dos grãos que geram a riqueza que tem sustentado a economia do Brasil.

É isso mesmo, existem duas Bahias distintas dentro do mesmo estado. E só quem não conhece a Bahia em sua totalidade que não sabe a potência que ela representa no cenário do agronegócio nacional. Essa outra Bahia é referência agrícola, destacada como maior estado produtor de mamona, o segundo maior produtor de cacau, frutas e algodão – sendo o primeiro em qualidade na cotonicultura – e está entre os quatro maiores produtores de café e de coco do país. É um dos principais produtores nacionais de feijão e agora está vendo o seu complexo de grãos despontar na região Oeste.

A Bahia já responde como o sexto maior produtor de soja do Brasil, com mais de 50 sacas por hectare de produtividade. Segundo a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), o carro-chefe da produção agrícola do Oeste da Bahia é a soja, que ocupa 58,8% da área total cultivada na região e corresponde a 4,8% da produção nacional e a 58% da produção de todo o Nordeste. Vale destacar que o Oeste da Bahia colheu este ano a sua melhor safra de soja: cerca de 6 milhões de toneladas.

Isso só foi possível devido aos olhares atentos dos produtores baianos em acompanhar o futuro do agronegócio, investindo na tecnologia no campo, focada em produtividade e sustentabilidade. A agricultura eficiente é uma realidade no Oeste baiano, que integra tecnologia de precisão e boas práticas, como técnicas de conservação do solo e da água. A lógica é produzir mais com um custo menor, elevando o volume produzido e de forma sustentável.

A Bahia segue em alta no agro, assim como nas listas dos locais mais procurados para as próximas férias. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) baiano encerrou com alta de 0,4% frente a 2016, de acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Resultado ancorado pela agropecuária, que cresceu 15,1% em 2017.

O cenário continua positivo para este ano. Recentemente, o Ministério da Agricultura apontou a Bahia como o segundo maior Valor Bruto de Produção do país. Neste ano, a receita do estado deverá somar R$ 6,5 bilhões.

Recentemente, o estado recebeu mais uma edição da Bahia Farm Show, uma das três maiores feiras agrícolas do país em volume de negócios, o que confirma ainda toda essa tese. O município de Luís Eduardo Magalhães, sede desse importante evento, já se destaca no cenário nacional pelo desempenho do seu agronegócio e ao seu redor floresce esse polo da soja, dos grãos e do algodão.

Oxalá que essa fartura se estenda a todas as terras irrigadas dessa Bahia agrícola. Santos fortes para isso não vão  faltar.

Jorge Görgen é gerente de Relações com a Imprensa da CNH Industrial